Autor: Lusa /AO Online
"Estando prevista uma visita oficial do Presidente da República do Brasil Lula da Silva, a sua participação numa sessão solene na Assembleia da República, dentro dos critérios definidos, faz todo o sentido, seja numa sessão solene específica dedicada, seja na sessão solene de comemoração do 25 de Abril", referiu o Grupo Parlamentar comunista numa nota enviada aos jornalistas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, anunciou esta quinta-feira que Lula da Silva iria discursar na sessão solene do 25 de Abril.
Depois do anúncio inicial, mais tarde, numa declaração enviada à Lusa, João Gomes Cravinho afirmou: "Quero esclarecer que a Assembleia da República é soberana nas decisões que toma".
O anúncio do MNE motivou protestos na quinta-feira do Chega e da IL e, à noite, o PSD disse não aceitar que o Presidente brasileiro discurse na Assembleia da República na sessão solene do 25 de Abril.
Hoje de manhã, durante o debate dedicado à Ucrânia, um ano após o início do conflito, o Chega acusou Cravinho de desrespeito pelo parlamento e o BE disse que o governante meteu a “pata na poça” ao avançar com o anúncio – críticas às quais o ministro não respondeu.
Fonte oficial do gabinete do presidente da Assembleia da República (PAR), Augusto Santos Silva, indicou à Lusa que só vai decidir a ordem do dia da sessão solene do 25 de Abril “em devido tempo” e após ouvir a conferência de líderes.
“Nos termos do Regimento, a ordem do dia é fixada pelo PAR ouvida a Conferência de Líderes e será isso que acontecerá em devido tempo em relação às sessões a realizar na segunda quinzena de abril”, respondeu o gabinete de Santos Silva, sem mais esclarecimentos.