Novos colonatos serão anexados a Israel

O primeiro-ministro israelita justificou hoje o relançamento da colonização na Cisjordânia e em Jerusalém-Oriental, dois dias após o reinício das negociações com os palestinianos, indicou o gabinete de Benjamin Netanyahu, em comunicado.


Num encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Netanyahu reafirmou que Israel pretende anexar os bairros de colonização judaica em Jerusalém-Oriental e os blocos de colonatos onde vive a maioria dos 360.000 israelitas instalados na Cisjordânia, no âmbito de qualquer acordo de paz com os palestinianos.

"É importante entender que não se tratam de questões para futuro debate, uma vez que todos sabem, incluindo a equipa de negociadores palestinianos, que, se decidimos construir algumas centenas de habitações em Gilo ou Ramot (dois bairros de colonos judeus em Jerusalém-Oriental), ou em outros bairros de Jerusalém, bem como em blocos urbanos (na Cisjordânia), é porque farão parte de Israel no mapa da paz final", declarou Netanyahu.

"A verdadeira questão é saber como chegar a que um Estado palestiniano desmilitarizado reconheça e aceite, finalmente, (Israel) como o único Estado judeu", acrescentou, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

No início da semana, Israel autorizou a construção de 2.129 habitações em Jerusalém-Oriental e na Cisjordânia.

Os negociadores israelitas e palestinianos, que se encontraram na quarta-feira em Jerusalém, concordaram reunir-se nos próximos dias para continuar as negociações.

O reinício do processo de paz resultou dos intensos esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que se deslocou seis vezes à região em quatro meses para reuniões com as duas partes. Os contactos iniciais realizaram-se, em Washington, a 29 e 30 de julho.

PUB