Autor: Lusa /AO Online
“Espero um PSD motivado, mobilizado e empenhadíssimo em poder disputar e vencer as próximas legislativas. Espero eu, todos os militantes e a população portuguesa”, afirmou à entrada do 39.º Congresso do PSD.
Questionado se admite disputar novamente a liderança do partido, se os sociais-democratas não tiverem um bom resultado em 30 de janeiro, respondeu: “O PSD vai ter um bom resultado”.
Luís Montenegro disse estar disponível para fazer campanha ao lado de Rui Rio e “de todos os candidatos” do PSD nas legislativas, e admitiu que o seu período mais silencioso dos últimos dois anos - desde que disputou a liderança, em janeiro de 2020 - “acabou”.
“Acho que esse período acabou, não vejo necessidade de se prolongar. Entendi neste período que o recato favorecia a unidade interna, era preciso erradicar do PSD fenómenos de crispação muito acentuados, quase de ódios pessoais”, justificou.
Montenegro, que é o primeiro subscritor de uma lista alternativa à da direção para o Conselho Nacional encabeçada pelo presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado, considerou que tal é um sinal de “pluralidade e diversidade de opiniões”.
Já sobre a lista alternativa para a Mesa do Congresso apresentada pelo deputado Pedro Rodrigues para disputar o lugar com o dirigente Paulo Mota Pinto, o antigo líder parlamentar disse desconhecê-la e reconheceu ser “menos usual”.
“Terá de se compreender a motivação da lista”, afirmou.
Luís Montenegro não quis antecipar o que dirá aos congressistas no sábado e disse esperar que, no discurso de abertura, Rui Rio apresente aos militantes do PSD “e, sobretudo aos portugueses”, qual o quadro político em que o partido vai disputar eleições, bem como “orientações para a campanha eleitoral”.
“Quem tem a vida complicada neste momento é o dr. António Costa, que está a ver o seu tapete da governação a fugir. Primeiro foi tirado pelos seus parceiros e creio que no dia 30 de janeiro serão os portugueses que farão o mesmo”, afirmou.
O 39.º Congresso do PSD arranca hoje em Santa Maria da Feira, em Aveiro, com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, que derrotou Paulo Rangel em eleições diretas por 52,4% dos votos.