A informação foi avançada pela empresa que gere as estruturas portuárias dos Açores numa nota de imprensa onde sublinha que, "tendo em vista garantir os abastecimentos às ilhas das Flores e do Corvo, é indispensável realizar um conjunto de obras de emergência que permitam utilizar as instalações ainda com capacidade operacional" e "enquanto a obra final do Porto das Lajes das Flores não estiver concluída".

"No quadro de uma atuação urgente que releva dos prejuízos decorrentes do furacão Lorenzo, verificados entre 01 e 02 de outubro de 2019, a Portos dos Açores SA., lançou hoje um procedimento pré-contratual de ajuste direto para a execução breve da empreitada de construção de ponte-cais no porto das Lajes das Flores, no âmbito dos prejuízos decorrentes do furacão Lorenzo", lê-se no comunicado.

A empreitada, "agora em fase de entrega de propostas, no valor de 19 milhões de euros, tem um prazo de execução de 22 meses e comporta a construção de uma ponte-cais implantada a cerca de 27 metros do enraizamento do molhe do Porto de Recreio, seguindo um alinhamento paralelo ao molhe principal do porto", explica a empresa, acrescentando que a estrutura terá "um comprimento total de aproximadamente 167 metros, dos quais 147,2 metros são acostáveis, e 20 metros de largura".

Ficará ainda dotada de redes técnicas de energia elétrica para abastecimento a navios e iluminação do cais, água e combustíveis.

No enraizamento dessa ponte-cais nascerá uma rampa para operação de navios do tipo Roll-on/Roll-off.

A Portos dos Açores adianta ainda que serão "efetuadas dragagens junto ao antigo cais aderente ao molhe e irá proceder-se à reparação provisória dos pavimentos da estrada de acesso e da entrada do porto", danificados pelo furacão.

A empresa acrescenta que "estão a decorrer as obras de proteção de emergência", com o objetivo de "reforçar o troço inicial do molhe para proteção do terrapleno e da estrada de acesso", bem como "garantir a operacionalidade do cais".

A passagem do furacão Lorenzo pelos Açores, em outubro de 2019, causou a destruição total do porto das Lajes das Flores, que deverá ser reconstruído a partir de 2021.

Durante a passagem do Lorenzo foram registadas 255 ocorrências e 53 pessoas tiveram de ser realojadas.