Autor: Lusa/AO Online
“A prioridade
da CES para 2023 será lutar por soluções para a crise do custo de vida,
como negociações coletivas mais fortes e medidas anticrise para proteger
o emprego e os rendimentos”, afirmou a secretária-geral, Esther Lynch,
em entrevista à Efe.
Segundo a líder da confederação, esta é uma ação prioritária para a CES, uma vez que os preços de alimentos, energia, bens e serviços básicos na Europa estão a crescer mais rapidamente que os salários, pensões e benefícios sociais.
Além da inflação, Lynch elencou a luta contra a subvalorização do trabalho feminino e o fim do “escândalo do falso emprego independente”.
A sindicalista registou que, perante as desigualdades salariais, as mulheres são “mais afetadas” pela inflação.
Quanto aos trabalhadores independentes, Lynch enalteceu a importância de “garantir plenos direitos laborais aos estafetas e taxistas que trabalham para plataformas”.
Sobre o 50.º aniversário da CES, Esther Lnch garantiu que servirá de “inspiração para celebrar os feitos dos seus trabalhadores e dos seus sindicatos e para esperar construir uma Europa mais justa para os trabalhadores”.
Esther Lynch, irlandesa, substituiu o italiano Luca Visentini à frente do CES no início de dezembro.
Visentini abandonou a liderança da confederação após ter sido detido numa investigação sobre um alegado lóbi ilegal do Qatar para influenciar decisões políticas no Parlamento Europeu.
A CES representa 45 milhões de trabalhadores em toda a Europa e irá reunir-se em maio, em Berlim, para o seu 15.º congresso.