Açoriano Oriental
Eurodeputada açoriana do PSD defende "regionalização" da gestão das Pescas
A eurodeputada social-democrata Maria do Céu Patrão Neves reafirmou hoje a necessidade de “regionalizar” a gestão das pescas na Europa, salientando que pretende apresentar esta proposta durante a revisão do Livro Verde da Política Comum de Pescas.
Eurodeputada açoriana do PSD defende "regionalização" da gestão das Pescas

Autor: Lusa / AO online

Maria do Céu Patrão Neves, que falava aos jornalistas à margem de um seminário sobre o futuro das pescas nos Açores, que hoje decorreu na Horta, Faial, revelou que a sua proposta foi “bem aceite” pelas associações de pescadores açorianos.

“É fundamental avançar com a regionalização na gestão dos mares e a criação de conselhos consultivos regionais para gerirem as águas da Europa”, defendeu a eurodeputada açoriana.

Na sua opinião, a descentralização do sector é a melhor forma de garantir uma “política de cumprimento e de responsabilização” nas pescas.

Maria do Céu Patrão Neves considerou ainda que a descentralização da gestão das pescas é uma medida “favorável aos interesses dos Açores”, recordando a contestação que tem existido à gestão partilhada das águas açorianas pela União Europeia e por Portugal, enquanto estado-membro.

A eurodeputada defendeu ainda a necessidade de serem definidos modelos de gestão das pescas em cada região, que podem passar pela abolição das quotas em algumas espécies, consoante as características e o tipo de pescarias.

No caso dos Açores, o modelo de gestão deveria apontar, segundo Patrão Neves, para a defesa de uma “pescaria artesanal, sustentável e amiga do ambiente”.

Para a eurodeputada social-democrata, é ainda necessário que a União Europeia realize mais estudos para determinar o “verdadeiro impacto” de algumas pescarias no meio marinho em toda a Europa.

Nesse sentido, defendeu que deve ser encontrado um maior equilíbrio entre a gestão dos recursos piscatórios e o rendimento sustentável do sector, adiantando que o importante “não é pescar em maior quantidade, mas pescar melhor”.

A criação de zonas geográficas sensíveis, o reforço da formação profissional para os pescadores e a melhor valorização do pescado foram alguns dos temas discutidos no seminário realizado hoje, que juntou produtores, armadores e responsáveis políticos dos Açores, Madeira e Canárias.

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