Açoriano Oriental
EUA não veem futuro político para Bashar al-Assad nem família

O chefe da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson, disse hoje que os Estados Unidos não veem futuro político na Síria para Bashar al-Assad e consideram que “o reino da família Assad está a chegar ao fim”.


Autor: Lusa/AO online


O secretário de Estado falava à imprensa depois do que designou como uma “discussão frutífera” com o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, que convocou uma nova ronda de negociações para 28 de novembro, depois dos recentes avanços no terreno das forças sírias apoiadas pela Rússia.

“Os Estados Unidos querem uma Síria unificada sem qualquer papel para Bashar al-Assad no Governo”, disse Tillerson aos jornalistas.

“O reino da família Assad está a chegar ao fim e a única questão agora é como isso vai acontecer. Não acreditamos que haja um futuro para o regime de Assad, para a família Assad”, insistiu.

A saída de Assad, considerou, deve ser enquadrada pelo processo negocial dirigido pelo enviado da ONU, mas não “é condição prévia” a esse processo.

Staffan de Mistura deve apresentar um ponto de situação ao Conselho de Segurança hoje à tarde, por videoconferência.

A próxima ronda, a oitava desde o princípio de 2016, envolve delegações da oposição, à exceção do grupo extremista Estado Islâmico e outros grupos terroristas, e do regime, e deverá manter o formato de conversações indiretas, em que cada delegação se reúne com Mistura e nunca cara a cara.

Tillerson procurou por outro lado desvalorizar o papel do Irão, aliado de Assad, nos recentes ganhos contra os ‘jihadistas’ do Estado Islâmico.

“O Irão não teve êxito, o governo russo teve mais êxito. Nós tivemos êxito. Não me parece que possa ser dado crédito ao Irão pela derrota do ISIS na Síria”, disse, utilizando uma das siglas utilizadas para designar o grupo ‘jihadista’.

A Rússia tem forças no terreno a apoiar o exército sírio, assim como os Estados Unidos, que apoiam grupos da oposição ao regime. Uns e outros combatem o Estado Islâmico e têm tomado território antes controlado pelos ‘jihadistas’.


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