Segundo a presidente do Conselho de Ilha, Paula Dias, na reunião da mesa deste órgão com o executivo açoriano, realizada no âmbito de uma visita estatutária à mais pequena ilha do arquipélago, foram abordadas questões relacionadas com habitação, acessibilidades aéreas e com a ampliação do aeródromo e do quartel dos bombeiros voluntários.
A responsável adiantou que estes foram os temas “mais preocupantes”, indicando que da parte do Governo Regional foi indicado que serão lançados novos concursos para as obras no aeródromo e no quartel.
Na reunião foi ainda abordada a necessidade de realização de obras de beneficiação na estrada que liga a vila do Corvo ao Caldeirão e que foi danificada com a construção de um parque eólico.
Como o Conselho de Ilha está em fim de funções, Paula Dias referiu que os assuntos serão transmitidos ao novo presidente para lhes dar continuidade.
Por parte do Governo Regional, o seu presidente, José Manuel Bolieiro, disse aos jornalistas que registou “o reconhecimento entre as melhorias que o Corvo, nestes últimos tempos, tem relativamente às condições de vida, no acesso aos cuidados de saúde, no projeto educativo, na melhoria das instalações e na acessibilidade aérea e marítima relativamente ao abastecimento”.
“Isto é muito significativo porque as pessoas reconhecem que houve uma alteração significativa e para melhor. Mas o Corvo é uma ilha que precisa todos os dias de atenção, porque as condições climatéricas são agressivas e difíceis, no que diz respeito ao acesso, [e] a própria condição da pista [do aeródromo] é muito limitadora das operações”, admitiu.
Bolieiro também referiu que “houve uma manifesta preocupação quanto à condição da aeronave que é a melhor prestadora do serviço para a ilha do Corvo”, um avião Dash 200]: "E é preciso cuidar, no futuro, desta matéria, coisa a que estamos sensíveis e atentos para saber o que pode ser resolvido, apesar das dificuldades do mercado.”
Quanto à necessidade de obras e a colocação de estaleiros para a sua realização, disse que “não é fácil” e muitos concursos ficaram desertos.
O Governo Regional, recordou, tem aumentado, com administração direta, alguma oferta habitacional, desde logo para professores e outros profissionais mais diferenciados, mas “ainda é preciso continuar a fazer um esforço” para colmatar a falta de oferta habitacional na ilha do Corvo.
