Autor: Susete Rodrigues
O Centro Cultural da Caloura, na Lagoa, tem patente a exposição ‘Solstitium’, com curadoria do coletivo Cara
Lavada, que incide sobre o espólio do espaço criado por Tomaz Borba
Vieira.
Celebrando o seu 20º aniversário este ano, o Centro Cultural
da Caloura dá as boas-vindas ao novo ano com a inauguração desta
exposição, um “desafio lançado ao coletivo Cara Lavada de repensar as
obras da sua coleção, com o intuito de abrir portas a um futuro com
novos públicos e releituras de um espaço cujo legado é um marco da arte
açoriana”, adianta nota de imprensa.
Na mostra ‘Solstitium’, o coletivo Cara Lavada “reflete sobre a identidade através dos rostos presentes nos bustos e retratos da coleção do Centro Cultural da Caloura”, diz a nota informativa, explicando que “a partir de algoritmos de conexão utilizados pelas redes neurais da Inteligência Artificial, pensa-se a curadoria desta exposição através da manipulação e transformação de variáveis da qual depende o reconhecimento facial digital, principalmente através da iluminação”.
Com esta decisão da curadoria, “manipula-se não só o visível e o oculto, que transportam para noções de adição e subtração, familiaridade e estranheza, terreno e etéreo, mas também permite a criação de múltiplas interseções luminosas que criam um veículo de relações irrepetíveis entre o espetador e as obras”.