Autor: Lusa/AO On Line
Depois de na quarta feira ter ouvido o Partido Ecologista Os Verdes, o PCP e o Bloco de Esquerda, o chefe de Estado agendou para a manhã de hoje a audição dos três partidos com maior representação parlamentar, com o partido que sustenta o Governo de José Sócrates a ser o último a deslocar-se ao Palácio de Belém.
O presidente do PS, Almeida Santos, chefia a delegação dos socialistas que será recebida pelo Presidente da República. Almeida Santos estará acompanhado pelo líder parlamentar do PS, Francisco Assis, pelo novo porta-voz deste partido, Fernando Medina, e pelos dirigentes Ana Paula Vitorino e Vitalino Canas.
O encontro entre o chefe de Estado e o primeiro ministro, no Palácio de Belém, ocorrerá sexta feira, já que na quinta feira, da parte da tarde, José Sócrates estará presente no debate quinzenal na Assembleia da República.
A delegação do CDS-PP vai ser chefiada por Paulo Portas, que estará em Belém acompanhado pelo seu líder parlamentar, Pedro Mota Soares, e pelos dirigentes Luís Queiró, Assunção Cristas e Paulo Núncio.
Da parte do PSD, não foi divulgada a composição da delegação que se irá encontrar com Cavaco Silva.
O Presidente da República começou terça feira a ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a situação do país, tendo recebido representações do Partido Ecologista “Os Verdes”, PCP e Bloco de Esquerda.
Esta ronda de audições decorre depois do Presidente da República já ter admitido que quer evitar uma crise política e lembrado que existem cinco partidos da oposição com que o Governo pode negociar o próximo Orçamento do Estado.
“O meu empenho neste momento é contribuir de forma mais explícita que noutras ocasiões – não tenho estado parado, só que há coisas que se fazem de forma discreta – para que Portugal não caia numa crise política porque isso teria um efeito muito negativo nos mercados”, disse.
Na terça feira, no final da audiência com Cavaco Silva, a deputada Heloísa Apolónia confidenciou que a motivação do Presidente da República para ouvir os partidos decorre das declarações do ministro da Presidência sobre a hipótese de demissão do Governo com a inviabilização do Orçamento, afirmações que terão “preocupado profundamente”.
“O Presidente da República quis ouvir os partidos sobre uma eventual crise política que se possa abrir no país e quis saber qual a postura em concreto sobre o próximo Orçamento de Estado”, afirmou Heloísa Apólonia, acrescentando que Cavaco Silva terá também deixado claro que achava “fundamental” um entendimento sobre o Orçamento de Estado para 2011.