Autor: Lusa/AO online
Seguro irá a Belém às 15:30 de terça-feira, depois de hoje se ter reunido com o primeiro-ministro, a pedido de Pedro Passos Coelho, por causa do corte de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado que o Governo anunciou na semana passada.
A 27 de outubro, no encerramento das jornadas parlamentares conjuntas PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro disse que, até 2014, vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá "uma refundação do memorando de entendimento".
Na mesma altura, Passos Coelho defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo e, dois dias depois, anunciou que iria convidar formalmente (por carta) o PS para um programa de reavaliação das funções do Estado que corte 4.000 milhões de euros na despesa e evite um segundo resgate a Portugal.
À saída da reunião, Seguro recusou assumir responsabilidades na execução dos cortes de quatro mil milhões de euros nas funções do Estado, dizendo que esse objetivo para 2013 e 2014 vincula apenas o Governo e a 'troika'.
"O primeiro-ministro propôs que houvesse um debate sobre o modo de cortar quatro mil milhões de euros na despesa. Essa é uma responsabilidade de quem negociou essa obrigação, o Governo e a 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), durante a quinta atualização" do Programa Económico e Financeira de Portugal, salientou o secretário-geral do PS.
Ou seja, segundo António José Seguro, "deve ser o Governo e a 'troika' a encontrarem a resposta para o problema que eles próprios criaram e negociaram".
O secretário-geral do PS também se reúne hoje com os líderes da UGT e CGTP, João Proença e Arménio Carlos.