O programa, denominado "Abrir ao Mundo os Sistemas de Educação" e apresentado hoje em Bruxelas pela comissária para a Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, Androulla Vassiliou, e pela vice presidente da Comissão responsável pela Agenda Digital, Neelie Kroes, será financiado com o apoio do programa Erasmus+, do programa Horizonte 2020 e através dos fundos estruturais da União Europeia.

A iniciativa inclui ainda o lançamento de uma página na Internet, www.openeducationeuropa.eu, para permitir aos estudantes, profissionais e estabelecimentos de ensino partilhar recursos educativos abertos de utilização livre.

"Os sistemas de ensino estão a mudar drasticamente, desde a escola à universidade e aos níveis posteriores, a educação de base tecnológica aberta será brevemente um recurso imprescindível, e não apenas útil (...) precisamos de fazer mais para assegurar que os jovens, em especial, estão equipados com as competências digitais de que necessitam para o seu futuro. Não é suficiente compreender o modo de utilização de uma aplicação ou de um programa, precisamos de jovens que possam criar os seus próprios programas", afirmou Androulla Vassiliou.

Entre os principais objetivos deste novo programa estão a criação de oportunidades de inovação para organizações, professores e estudantes, uma maior utilização de recursos educativos abertos, a melhoria das infraestruturas de apoio às tecnologias de informação e da conectividade nas escolas.

"O meu sonho é que todas as salas de aula estejam digitais até 2020. A educação deve estar ligada à vida real, não pode ser um universo paralelo", referiu, por outro lado, Neelie Kroes.

Segundo dados divulgados em Bruxelas, atualmente mais de 60% das crianças de nove anos na União Europeia frequentam escolas que ainda não dispõem de equipamento digital e entre 50% e 80% dos estudantes nunca utilizaram manuais digitais, 'software' de exercícios, emissões de tv/podcasts, simulações ou jogos didáticos.