Autor: Lusa/AO Online
“Pretende-se que os Açores vivam o seu festival de jazz de uma forma intensa e que mesmo os que não vão ao Centro Cultural [de Angra do Heroísmo] experimentem o jazz. Pretende-se que tanto os locais como os turistas sejam surpreendidos pelo jazz que já se faz/toca nos Açores”, avançou a associação, em comunicado de imprensa.
Há 25 anos que a associação organiza o festival AngraJazz, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, por onde já passaram alguns dos maiores nomes do jazz internacional, como Carla Bley, Toots Thielemans e Charles Lloyd.
Segundo a associação, o desafio para estender o festival a outras ilhas é feito “há muitos anos” pelos órgãos políticos regionais, mas tem sido travado por “inúmeros obstáculos”, desse a identidade do evento à "dificuldade de encontrar parceiros com capacidade organizacional e financeira".
Este ano, para celebrar o 25.º aniversário do festival, a organização decidiu levar a outras ilhas um modelo semelhante ao Jazz na Rua, que integra a programação do AngraJazz desde 2017, com espetáculos gratuitos de músicos locais em lojas e cafés da cidade de Angra do Heroísmo.
Entre outubro de 2024 e abril de 2025, o projeto, designado como Jazz nas Ilhas/AngraJazz 25 anos, leva às restantes oito ilhas dos Açores um concerto da Orquestra AngraJazz e sete espetáculos de grupos composto por músicos formados na orquestra.
Do programa constam já as bandas da ilha Terceira Wave Jazz Ensemble, Sofia Dutra Trio e Sónia Pereira Trio, mas poderão juntar-se ainda “projetos existentes nas ilhas onde se realiza cada um dos eventos”.
“Esta proposta criará um intercâmbio entre todos os músicos do arquipélago, à volta do jazz que pelas ilhas se faz. Pretendemos abranger o maior número possível de músicos e juntar aos grupos participantes, outros grupos locais que, não se desviando do jazz, garantam a qualidade dos concertos”, adiantou a organização.
Para a associação AngraJazz, o Jazz nas Ilhas, tal como Jazz na Rua permitem “divulgar e formar públicos e músicos”.
“Dão lugar a uma muito maior envolvência da população no festival, à cativação de novos públicos e à divulgação do jazz e do festival junto da população, mas também dos turistas, de uma forma cativante, imediata e amigável”, frisou.
O evento tem um orçamento de 33.250 euros e conta com o apoio da direção regional da Cultura dos Açores, da empresa Eletricidade dos Açores (EDA) e das autarquias e patrocinadores locais.
A organização dos espetáculos em cada uma das ilhas terá também a participação de agentes culturais locais.