Autor: AOnline/LUSA
Em declarações à Lusa, a maior petrolífera nacional explica que num quadro de redução do preço internacional do petróleo, e consequente redução da receita das petrolíferas, a poupança passou a ser um imperativo, ainda que os preços na indústria tenham, de uma forma geral, descido, mas não o suficiente para compensar a quebra das receitas.
"A descida do preço do petróleo fez com que muitos projetos de exploração a nível mundial tenham sido suspensos ou abandonados, diminuindo as solicitações para as empresas que prestam serviços à indústria petrolífera", diz a empresa, salientando que "este facto provocou uma descida generalizada dos custos de todo o tipo de equipamentos e serviços relacionados e a grande prioridade em termos de redução de custos tem passado pela renegociação de termos com todos estes fornecedores e prestadores de serviços".
Os resultados, diz a Galp, "são significativos, dado estarmos a falar de equipamento pesado e altamente sofisticado, incluindo sondas de perfuração, todos os equipamentos que constituem as infraestruturas de produção submersas, embarcações de apoio e muitas outras coisas".
Entre os exemplos que a Galp apontou à Lusa estão a "otimização e inovação, dado tratar-se de projetos na fronteira da capacidade técnica onde a procura de novas tecnologias e de formas inovadoras de trabalhar se podem traduzir em importantes benefícios operacionais", e neste campo a poupança resultou do "desenvolvimento das tecnologias que permitem mapear com maior rigor os reservatórios e identificar os locais mais produtivos, o que permite a perfuração de menos poços".
Também nesta área, a Galp aponta o "esforço considerável" que fez no "planeamento da perfuração dos poços para acelerar o seu prazo de execução e para que as unidades de produção atinjam o seu patamar máximo de produção em menos tempo", o que se traduz numa "poupança no custo de aluguer dos equipamentos".
A replicação de unidades é outra das apostas da petrolífera nacional, que aponta o exemplo do consórcio com a Petrobras, no Brasil: "muitas das unidades de produção flutuantes (FPSO) que irão entrar ao serviço do consórcio em que participamos no BM-S-11 são rigorosamente iguais umas às outras, o que permite enormes economias de escala na sua construção".