Açoriano Oriental
APAV promove jornadas contra a violência nas suas diversas formas

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV)  nos Açores realiza esta sexta-feira a sétima edição das Jornadas da APAVAçores contra a Violência.

APAV promove jornadas contra a violência nas suas diversas formas

Autor: Nuno Martins Neves

O evento decorrerá no auditório do Centro Cívico e Cultural de Santa Clara, concelho de Ponta Delgada, e abordará três áreas principais: As outras faces da Violência Doméstica, Vítimas de Crime e Saúde Mental e Crianças e Jovens Vítimas de Violência Sexual Online.

Segundo Raquel Rebelo, gestora da APAV de Ponta Delgada, estas temáticas têm o objetivo de “abranger outros públicos”.

“A par do facto da APAV surgir associada à intervenção no público feminino, é uma tentativa de abrangermos outros temas, que necessitam de destaque, dando a conhecer a intervenção com outras temáticas e outros públicos. As jornadas vão ser constituídas por vários painéis, que vão incluir desde homens vítimas de violência doméstica, violência doméstica entre pessoas do mesmo sexo, pessoas expostas a violência interparental, vítimas de crime e saúde mental, crianças e jovens vítimas de abuso sexual online”, refere.

O acesso às tecnologias e formas de comunicação online, acentuado pela pandemia, têm aumentado e daí também ser preciso “sensibilizar e prevenir comportamentos seguros de utilização da internet junto das crianças e jovens. É uma tentativa de prevenir alguns comportamentos e crimes que possam acontecer no contexto virtual”, diz Raquel Rebelo.

O impacto psicológico nas vítimas de violência doméstica é outra preocupação que as jornadas irão tentar abordar.

“Não só pelas questões da periodicidade - há vítimas que nos chegam com historiais de vários anos de vitimação - mas também pela própria severidade em que pode ocorrer esta vitimação. E claramente tendo aqui um impacto no contexto de vida desta pessoa, vai interferir diretamente com a sua saúde mental. Por isso é muito importante abordar este tema, que constitui um pilar da nossa intervenção e que deve ser valorizado”, acrescenta.

A partilha de casos de homens vítimas de violência doméstica também permitirá, segundo Raquel Rebelo, combater os estereótipos que “o homem tem de ser uma pessoa forte. E expor uma situação de violência doméstica pode ser, em algumas culturas e gerações, um sinal de fraqueza.Quando não o é: é uma realidade que pode acontecer com qualquer pessoa, independentemente do género e faixa etária. É uma aposta que fazemos em termos  de sensibilização para que cada vez mais homens possam recorrer aos nossos apoios”.

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