Açoriano Oriental
Acordo sobre a Grécia não é assim tão relevante para Portugal
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que o acordo sobre as condições de financiamento à Grécia não tem um impacto tão relevante e significativo para Portugal como alguns lhe atribuíram.
 Acordo sobre a Grécia não é assim tão relevante para Portugal

Autor: Lusa/AO Online

Em entrevista à TVI, o primeiro-ministro apontou como importante a possibilidade de "haver uma concentração menor nos próximos anos dos reembolsos" de Portugal aos seus credores, mas defendeu que tem havido uma sobrevalorização do acordo alcançado esta semana na reunião de ministros das Finanças da zona euro.

"Ao contrário do que já vi escrito hoje nalguma imprensa, os impactos não são assim tão relevantes e significativos quanto se está a fazer notar", defendeu.

Passos Coelho referiu que está em causa uma redução do valor das comissões pagas pelos empréstimos estimada em "cerca de 20 milhões de euros", acrescentando: "Esse não é um alívio significativo".

Questionado se, na sequência do novo acordo sobre as condições de financiamento à Grécia, não vai haver mais tempo e menos juros para Portugal, conforme sustentou o secretário-geral do PS, Passos Coelho contestou essa leitura e acusou António José Seguro de procurar capitalizar todas as decisões europeias que beneficiam o país.

Segundo o primeiro-ministro, "há uma má informação", porque o acordo alcançado no Eurogrupo não "afeta os juros", mas apenas "os prazos de reembolso", o que, no seu entender, do ponto de vista da tesouraria, poderá ser importante.

O primeiro-ministro assinalou que foi por iniciativa sua e do primeiro-ministro irlandês que se estabeleceu o princípio de igualdade de tratamento a todos os países da União Europeia sob assistência financeira.

"Isso já valeu a Portugal e à Irlanda um alívio importante nos juros sobre os empréstimos da 'troika'. Aconteceu este ano, justamente. Nós tivemos menos cerca de 1300 milhões de juros a pagar", afirmou.

Nesta entrevista, Passos Coelho sustentou que o Orçamento do Estado para 2013 permitirá a Portugal cumprir o Programa de Assistência Económica e Financeira e voltar a financiar-se nos mercados no próximo ano.

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