Autor: Lusa/AO online
A União Europeia contribui com 41,8 milhões de euros para o projeto de recuperação, que deverá terminar em 2015 e é considerado crucial para Pompeia se manter de pé, depois de várias derrocadas na cidade que foi devastada no ano 79 por uma eruução vulcânica.
O popular local arqueológico, à sombra do monte Vesúvio, tem sofrido com décadas de má gestão do património cultural italiano, bem como com os recentes cortes orçamentais para o setor da cultura.
Na véspera do início dos trabalhos, a polícia italiana anunciou que está a investigar o antigo diretor de Pompeia, Marcello Fiori, nomeado em 2009 pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, por suspeita de abuso de poder e corrupção.
As autoridades acusaram também vários empreiteiros por alegadamente cobrarem quantias exageradas ao Estado por obras realizadas: um dos contratos, orçado em 449 mil euros, acabou por custar mais de dez vezes esse valor por trabalhos que visavam criar condições para realizar espetáculos artísticos entre as ruínas.
Os trabalhos hoje iniciados visam reduzir a exposição aos elementos das ruínas, reforçar as estrutura dos edifícios, restaurar os famosos frescos e aumentar a vídeo-vigilância já instalada no local para aumentar a segurança.
Para garantir que o dinheiro não é mal gasto, as obras serão acompanhadas por uma comissão composta por elementos do governo italiano e por representantes da União Europeia.
"Seremos muito rigorosos com o calendário", garantiu o ministro para a coesão territorial, Fabrizio Barca, que vigia a aplicação de dinheiro público em cada região.