Açoriano Oriental
Representantes locais manifestam-se contra a supremacia branca em Charlottesville

Vários representantes locais recordaram hoje em Charlottesville, na Virgínia (Estados Unidos da América), as vítimas da marcha contra a supremacia da raça branca que invadiu as ruas da cidade faz hoje um ano, provocando três mortos.

Representantes locais manifestam-se contra a supremacia branca em Charlottesville

Autor: Lusa/Ao online

Há um ano, a manifestação de Charlottesville para protestar contra a retirada da estátua do general confederado Robert E. Lee acabou em confrontos entre supremacistas brancos e manifestantes contra o racismo.

Uma mulher, Heather Heyer, de 32 anos, morreu após ter sido atropelada por um carro conduzido por um simpatizante de extrema-direita e 19 pessoas ficaram feridas.

"Por favor, recordem o legado deixado por Heather. Os nazis continuam por aqui, mas agora vestidos com fatos e gravatas e não capuzes como os Ku Klux Klan [organização racista KKK]. Temos de contra-atacar”, afirmou Don Gahtersa, membro da comissão encarregada de rever os procedimentos do Departamento de Polícia de Charlottesville.

Gathers falava para 300 pessoas que estavam concentradas num dos parques mais emblemáticos da cidade, o Parque Washington, tendo solicitado às autoridades locais apoio financeiro para os feridos do ataque de 12 de agosto de 2017.

Durante a concentração, que durou cerca de hora e meia, foram entoados cânticos nos quais se ouvia “as velhas leis de Jim Crow, as novas leis de Jim Crow e este sistema racista têm de acabar”, numa referência ao sistema de segregação racial que esteve em vigor entre 1876 e 1965.

Outro dos participantes que falaram aos manifestantes foi o ativista local Brandon Collins.

"Esta cidade e o nosso país tem um terrível passado racista desde a colonização à escravatura. Temos de ser o motor da mudança”, afirmou Collins.

Este protesto pacífico foi o início de uma jornada para lembrar e criticar os acontecimentos trágicos de Charlottesville.

A extrema direita norte-americana vai também assinalar hoje em Washington o primeiro aniversário da marcha.



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