Autor: Lusa/AO Online
Com a medida ‘Apoiar Turismo’, dirigida ao setor do alojamento, restauração e similares e de outras atividades turísticas, o executivo reforça o apoio às empresas do turismo que, por terem sofrido fortemente os impactos da pandemia de covid-19, foram objeto de apoio no âmbito do Programa Apoiar, agora num contexto macroeconómico complexo, atentos os efeitos da inflação, do acréscimo de custos de energia e do contexto de guerra no espaço europeu.
O executivo explica, no diploma, que, por outro lado, se verifica que a aplicação do Programa Apoiar revelou a necessidade de introduzir uma clarificação no âmbito temporal de aplicação da condição de acesso relativa aos capitais próprios na formulação anterior, “de forma a reforçar a igualdade de tratamento” entre os beneficiários.
O reforço do apoio ao turismo foi anunciado na semana passada pelo Governo, na cerimónia de abertura do 47.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Ponta Delgada, São Miguel, nos Açores.
O secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, anunciou, nos Açores, duas linhas de apoio às empresas com uma dotação global de 100 milhões de euros, somando o reforço de 70 euros com uma dotação de 30 milhões de euros de uma nova Linha - a Linha Consolidar + Turismo – que vai ser disponibilizada nos primeiros dias de janeiro, direcionada às micro e pequenas empresas do setor, que apresentem dificuldades em gerir dívida contraída, designadamente, durante a pandemia.
Segundo Nuno Fazenda, com esta linha as empresas poderão "financiar-se junto do Turismo de Portugal, sem juros, para liquidação de parte dos reembolsos devidos aos bancos durante o ano de 2023, com um prazo de carência de dois anos e um prazo de reembolso total de seis anos".
O governante, nesse encontro nos Açores, disse ainda que o executivo vai assegurar, este ano, a concretização da medida de Reforço do Programa Apoiar acordado, no contexto do Acordo de para a Melhoria dos Rendimentos, dos Salários e da Competitividade.
“Trata-se da disponibilização de um valor de 70 milhões de euros para as empresas do setor, a fundo perdido, que reforça os valores já recebidos no âmbito do Programa Apoiar", anunciou Nuno Fazenda.
Estas duas medidas representam globalmente 100 milhões de euros para as empresas.