Açoriano Oriental
PSD, CDS-PP e PPM nos Açores querem estudo para definir necessidades docentes

Os grupos parlamentares regionais do PSD, CDS-PP e PPM, os partidos que formam o Governo dos Açores, defenderam hoje a realização de um estudo para definir as necessidades dos docentes no arquipélago para a próxima década.

PSD, CDS-PP e PPM nos Açores querem estudo para definir necessidades docentes

Autor: Lusa/AO Online

Num comunicado divulgado pelo CDS-PP, explica-se a intenção de “conhecer, em detalhe, a realidade docente em cada uma das ilhas dos Açores”, incluindo “a previsão do número de docentes que deverão aposentar-se na próxima década”, a fim de que seja possível fazer uma “estimativa do número de profissionais a contratar até 2032”.

Num projeto de resolução entregue na Assembleia Legislativa Regional, os deputados “identificam a necessidade de adotar medidas para garantir a alocação de novos professores na rede pública de escolas da região”, atendendo aos “inúmeros relatórios, notícias e pareceres que apontam a escassez de professores como um problema estrutural para o futuro da educação em todo o país, inclusive nos Açores”.

Tais medidas devem “assentar em estudos prospetivos e avaliativos, adaptados à realidade específica do nosso arquipélago”, defendeu a líder parlamentar do CDS-PP/Açores, Catarina Cabeceiras, citada no comunicado.

No documento, CDS-PP, PSD e PPM recomendam ao Governo Regional que, “além de um estudo de diagnóstico das necessidades docentes para os próximos 10 anos, realize também um estudo analítico da evolução dos docentes na região de 2011/2012 até ao presente”.

“Em resposta a um requerimento, o Governo Regional revelou uma previsão do número de docentes aposentados no período compreendido entre 2021 e 2024, estimando que, no final desse quadriénio, deverão ter-se aposentado mais de 300 professores na região”, referem.

Segundo Catarina Cabeceiras, “merece atenção a documentação produzida pelo Conselho Nacional de Educação, dando conta do envelhecimento da classe docente em Portugal”.

Isto, “associado às perspetivas de aposentação e à desvalorização social da atividade, poderia pôr em causa a capacidade de recrutamento de novos profissionais habilitados para o ensino”.

A parlamentar referiu-se, ainda, “a um estudo de diagnóstico, desenvolvido para o Ministério da Educação, de acordo com o qual, numa década, a necessidade de recrutamento de novos docentes em Portugal Continental ronda os 35 mil novos professores”.


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