Humberto Pavão adiantou à Lusa que já no ano passado algumas unidades hoteleiras da maior ilha açoriana "optaram por aquela gestão para reduzir custos", perante "a grande crise que o setor atravessa, com reduções no número de hóspedes de 50%".

"Além do encerramento de uma unidade hoteleira nas Furnas, para obras, temos ainda conhecimento de que pelo menos cinco a seis hotéis de 3 e 4 estrelas, em S.Miguel, vão estar encerrados até abril", disse Humberto Pavão, acrescentando que as unidades hoteleiras em causa "representam entre 10 a 15% das camas" da maior ilha açoriana.

Quanto aos trabalhadores destas unidades, Humberto Pavão disse ter conhecimento que "um ou dois hotéis terão feito ‘lay-off’ e os trabalhadores estão em formação" e as unidades hoteleiras que não optaram por aquela via "deslocaram os seus funcionários para outros hotéis do grupo".

O representante nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal referiu que "a crise no setor já se verifica desde há três anos, com quebras durante o inverno fora do normal", o que atribuiu ao "cancelamento de operações turísticas, nomeadamente dos nórdicos", devido à crise e ainda "à quebra acentuada do mercado nacional", o que leva as unidades hoteleiras a tomarem estas opções na gestão para reduzir custos.

O responsável lembrou que os Açores "tem uma situação diferente do continente, já que o único acesso é por avião, o que torna a deslocação mais cara", e salientou que, apesar do “esforço" do setor na redução das tarifas, "não tem havido uma grande procura na época baixa".