A polémica começou quando Duarte Freitas, do PSD, denunciou a existência de um passivo de 1700 milhões de euros no sector público empresarial regional, frisando que os compromissos futuros assumidos pelo executivo ascenderão no final de 2011 a cerca de 2500 milhões de euros.

Na resposta, o vice-presidente do governo regional, Sérgio Ávila, acusou o PSD de “má-fé” por “apenas falar do passivo e esquecer o activo”, citando um argumento apresentado recentemente por Berta Cabral relativamente a críticas socialistas à gestão da Câmara de Ponta Delgada.

Duarte Freitas respondeu recordando que Sérgio Ávila “não negou que a região pode ter no final de 2011 responsabilidades futuras de 2500 milhões de euros”, frisando que esta verba representa “70 por cento do PIB da região”.

O deputado regional do PSD reafirmou a acusação de que o executivo “tem andado a esconder” esta situação e anunciou que o grupo parlamentar social-democrata vai avançar com uma iniciativa legislativa para garantir a consolidação das responsabilidades futuras assumidas pelo governo regional.

Sérgio Ávila voltou a pedir a palavra para reafirmar que o governo “não escondeu nada dos açorianos”, acrescentando que “basta ir ao Registo Comercial para ver as contas das empresas”.

Por seu lado, Duarte Freitas respondeu questionando por que razão o governo “ainda não respondeu” ao requerimento do PSD sobre esta matéria.

Os restantes partidos com representação parlamentar não intervieram no debate sobre esta matéria.