Autor: Lusa/AO Online
O Programa de Governo, segundo o deputado único do PAN no hemiciclo açoriano, Pedro Neves, é "feito para ser supostamente blindado a falhas e lacunas, mas peca por ser demasiado vago em muitos aspetos, demonstrando pouca concretização em variadíssimas medidas".
O texto, reconhece todavia o parlamentar, "foi elaborado num contexto muito peculiar em que é imperativo ser ambicioso na resposta aos novos desafios que a pandemia" trouxe.
Pedro Neves falava no parlamento regional, no encerramento de três dias de debate do Programa do novo Governo dos Açores, composto por PSD, CDS e PPM e viabilizado parlamentarmente por Chega e Iniciativa Liberal.
Este executivo, acredita o deputado do PAN, "terá de enfrentar uma crise plural sem precedentes, que se estende às próprias alterações de mentalidade a curto e médio prazo e terá de começar a governar em panorama de doença e profunda sensação de instabilidade e fragilidade relativamente aos meios assistenciais".
No entanto, "a direção que várias linhas e eixos tomam gera a separação do PAN em relação" ao documento, que, defende Pedro Neves, "não foi verdadeiramente colocado à discussão parlamentar nem foi escrutinado o suficiente para que fossem respondidas questões fundamentais".
"O debate do programa do XIII Governo [Regional] foi pobre e muito pouco pedagógico. O PAN é um partido novo na assembleia e, talvez por isso, a nossa desilusão não possa ser menor", declarou ainda, lamentando debates centrados em "ajustes de contas e ataques pessoais como se o anterior" executivo, socialista, "não tivesse já sido escrutinado" nas urnas.
Pedro Neves mostrou ainda desalento por, na orgânica do novo Governo dos Açores, em nenhuma secretaria estar elencado o bem-estar e proteção animal.