A missão incluiu empresários das áreas do comércio de equipamentos, electrodomésticos, mobiliário, construção civil, arquitectura, energias renováveis, turismo e agroalimentar, com queijos, vinhos e carne. “Na área dos produtos agroalimentares, em particular o queijo e as conservas, estão já a decorrer negociações para efetuar parcerias de forma a exportarmos produtos açorianos para aquele país africano”, revelou Sandro Paim. Como exemplo para a apetência do mercado moçambicano para produtos diferenciados, adiantou ter encontrado numa loja 'gourmet' queijo açoriano "que saiu da região a quatro euros e estava a ser vendido a 33 euros o quilograma”. O presidente da CCAH revelou que as conservas serão transportadas por via marítima, mas o queijo seguirá para Moçambique por via aérea, estando a decorrer negociações com as Linhas Aéreas de Moçambique, que “está disponível para oferecer condições especiais”. “O conhecimento que tínhamos deste mercado era muito reduzido”, admitiu Sandro Paim, acrescentando que, no final da deslocação, os empresários concluíram que “as expetativas iniciais foram superadas, quer pela receção dos empresários locais quer pelas entidades oficiais”. A missão empresarial, que se prolongou por três dias, estabeleceu “um memorando de entendimento na área do turismo com a Associação de Agentes de Viagens de Moçambique, que tem dificuldade em encontrar recursos humanos qualificados”. “Esta é uma oportunidade de negócio entre agentes de viagem, mas também a abertura de um mercado de trabalho para os excedentes que os Açores já revelam nesta área”, frisou Sandro Paim. A CCAH vai realizar no primeiro semestre do próximo ano uma nova missão comercial para "dar sequência ao trabalho agora desenvolvido”, acrescentou o dirigente empresarial.