Açoriano Oriental
Ucrânia
Jerónimo acusa Governo português de ser cúmplice na continuação da guerra

O secretário-geral comunista considerou hoje que os Estados Unidos, Bruxelas e a NATO, "com a cumplicidade do Governo português", tudo estão a fazer para continuar a guerra na Ucrânia, sem qualquer preocupação pelas condições de vida das populações.

Jerónimo acusa Governo português de ser cúmplice na continuação da guerra

Autor: Lusa /AO Online

No início do seu discurso no comício de encerramento da ‘rentrée’ comunista, Jerónimo de Sousa foi direto ao tópico da guerra na Ucrânia.

“A escalada da guerra na Ucrânia e a espiral de sanções impostas pelos Estados Unidos da América, a União Europeia e a NATO, com a cumplicidade do Governo português, são indissociáveis da desenfreada especulação e aumento dos preços da energia, dos alimentos e de outros bens de primeira necessidade, do ataque às condições de vida dos povos, arrastando o mundo para uma ainda mais grave situação económica e social”, sustentou o dirigente comunista perante os participantes da Festa do Avante!.

Na ótica do secretário-geral do PCP, “a realidade está a demonstrar quem tudo faz para que a guerra não termine” e também “quem tudo faz para acumular lucros colossais com a sua continuação”, referindo-se à indústria do armamento e às multinacionais do setor da energia.

Seis meses depois do início da invasão russa à Ucrânia, Jerónimo de Sousa fez questão de deixar, mais uma vez, vincada a posição do partido, antes de passar para o tema seguinte: “Razão tem o PCP ao estar desde a primeira hora do lado da paz e contra a guerra, razão tem o PCP ao defender uma solução política para o conflito”.

O outro lado, argumentou, está a fomentar o “incitamento ao ódio” e a “exacerbação da xenofobia”.

Jerónimo de Sousa também criticou a “estratégia de confrontação do imperialismo” cujas consequências, advogou, são as populações que pagam.

Um pouco por todas as partes do recinto são visíveis 'banners' com apelos à paz, algo em que o PCP insistiu nesta edição para se descolar das críticas de alinhamento a favor da guerra e com o Kremlin.

“Paz que só será possível com justiça e que tem de ser conquistada a par com a luta contra a exploração e a opressão”, completou.

A 46.ª edição do certame político-cultural do jornal comunista e ‘rentrée’ do partido começou na sexta-feira e termina hoje.




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