Açoriano Oriental
Estudo sobre novo navio para os Açores concluído até setembro

O secretário regional dos Transportes disse que o estudo sobre o novo navio de transporte de passageiros que o Governo Regional pretende adquirir deverá estar concluído até setembro.

Estudo sobre novo navio para os Açores concluído até setembro

Autor: Lusa/AO Online

“Está previsto no plano para 2022 uma verba significativa para a construção do navio. Não sei se será iniciada este ano ou não, mas o estudo da solução relativamente ao navio, não relativamente à operação, pretendemos tê-lo concluída até ao final do terceiro trimestre deste ano”, afirmou Mário Mota Borges.

O secretário regional, do executivo da coligação PSD/CDS-PP/PPM, falava numa audição na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa dos Açores, a propósito de um projeto de resolução do PS, que recomenda a suspensão das alterações ao modelo de transporte marítimo de passageiros e dos encaminhamentos para passageiros aéreos não residentes.

O transporte marítimo de passageiros sazonal, que ligava todas as ilhas dos Açores (com exceção do Corvo) entre maio e setembro, com navios de maior dimensão, foi suspenso em 2020 devido à pandemia de covid-19 e não foi retomado pelo atual Governo Regional, que tomou posse em novembro de 2020.

Atualmente, a empresa pública Atlânticoline liga apenas as ilhas das Flores e do Corvo e as ilhas do Triângulo (São Jorge, Pico e Faial) durante todo o ano, alargando a operação às restantes duas ilhas do grupo central (Terceira e Graciosa), na época alta.

Com o fim da operação sazonal, deixaram de se realizar ligações entre Flores e Faial, entre São Miguel e Terceira e entre São Miguel e Santa Maria.

O secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia reiterou que o executivo açoriano pretende “repor a ligação de transporte marítimo de passageiros e viaturas”, mas “não no modelo que existia antes”, que custava “entre 9 e 10 milhões de euros”, por ano.

“Não queremos que seja uma aquisição de um navio que tenha uma operação de cinco meses, com uma escala equivalente ao anterior, e depois passe sete meses encostado, ancorado algures, sem grande utilidade e sem capacidade de operação nos outros portos do grupo central”, frisou.

Segundo o governante, o objetivo é encontrar um navio que tenha capacidade para assegurar as ligações mais distantes da operação sazonal e que possa depois “ser incorporado na frota da Atlânticoline", que é composta por dois 'ferries', "no grupo central, no restante período do ano”.

“A configuração do navio terá de permitir ligações com distâncias equivalentes a São Miguel-Santa Maria, São Miguel-Terceira e Faial-Flores e ter a capacidade de operar no porto da Madalena [Pico], que tem limitações significativas”, explicou.

Além destas características, o novo navio deverá estar ajustado “à transição energética”.

O governante desvalorizou, no entanto, o fim da operação sazonal de transportes marítimos, alegando que a mobilidade dos açorianos “foi largamente aumentada” com a criação da tarifa Açores, na companhia aérea SATA, que permite viajar entre ilhas por 60 euros (ida e volta).

Mário Mota Borges disse que a opção teve “um resultado extremamente positivo e a satisfação geral” de pessoas e empresários.

“Não temos ainda uma substituição da mobilidade marítima de passageiros que se ajuste à nossa realidade e àquilo que é uma procura razoável deste tipo de mobilidade, mas uma coisa é certa, este ano não tivemos menos visitas a Santa Maria do que quando existia a linha amarela [operação sazonal] e relativamente às Flores ainda menos”, frisou.

Segundo o secretário regional, a taxa de ocupação dos navios na linha amarela rondava os 25%, quando a taxa de ocupação aérea interilhaas anda agora “muito próxima dos 100%”.

Mota Borges sublinhou ainda que o custo da tarifa Açores é cerca de metade do custo da operação marítima sazonal, estando estimado para 2022 um orçamento de cerca de 6 milhões de euros.


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