“O mundo luta contra a pandemia da covid-19 há um ano e meio, mas o vírus ainda está a espalhar-se em muitos países e a produzir novas variantes com potencial para que todos voltemos ao ponto de partida”, pode ler-se na carta assinada por 28 personalidades de diferentes áreas artísticas e desportivas.

Para os embaixadores da agência das Nações Unida para a infância (Unicef), "isso significa novo encerramento de escolas, mais interrupções no atendimento médico e maiores consequências económicas, o que ameaça o futuro de famílias e crianças em todos os lugares".

Os signatários são Ramla Ali, Fernando Alonso, David Beckham, Orlando Bloom, José Manuel Calderón, Sofia Carson, Gemma Chan, Priyanka Chopra Jonas, Olivia Colman, Billie Eilish, Pau Gasol, Whoopi Goldberg, David Harewood, Chris Hoy, Angelique Kidjo, Téa Leoni, Lucy Liu e Juan Manuel López Iturriaga.

Também assinaram Ewan McGregor, Alyssa Milano, Andy Murray, Liam Neeson, Liam Payne, Katy Perry, Sergio Ramos, Claudia Schiffer, Teresa Viejo e Pink.

Todos os embaixadores exortam os chefes de Estado dos países do G7, que se reúnem entre 11 e 13 de junho na Cornualha, no Reino Unido, a garantir um "fornecimento justo e equitativo" de vacinas aos países de baixo e médio rendimento.

O encontro do G7 reunirá líderes dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão e facilitará encontros bilaterais, como o que ocorrerá entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, e seu homólogo norte-americano, Joe Biden.

"A pandemia não vai acabar em nenhuma parte até que termine em todos os lugares e isso significa levar vacinas para todos os países, o mais rápida e equitativamente possível. A cimeira do G7 neste fim de semana é uma oportunidade vital para que cheguem a um acordo sobre ações que levem rapidamente as vacinas onde são mais necessárias", referem no documento.

A Unicef estima que os países do G7 terão em breve doses suficientes para doar 20% das suas vacinas entre junho e agosto, o que representaria um total de 150 milhões de doses, sem que isso se traduza num "atraso significativo" dos planos de vacinação de sua população adulta.

“Pedimos que façam essas doações urgentes antes de agosto e estabeleçam um roteiro para aumentar as doações à medida que aumentam os suprimentos”, destacaram os signatários.

“Doem 20% das vacinas disponíveis. Protejam-nos a todos. Doem as doses agora”, sublinhou a carta.