Açoriano Oriental
Óbito/Papa
Conferência Episcopal Portuguesa elogia caminhos de esperança que Francisco abriu

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, considerou que o pontificado de Francisco, que hoje morreu, abriu caminhos de esperança para a Igreja e para o mundo

Conferência Episcopal Portuguesa elogia caminhos de esperança que Francisco abriu

Autor: Lusa/AO Online

“O pontificado de Francisco, para mim, é uma abertura de caminhos e de esperança para a Igreja e para o mundo”, afirmou à agência Lusa José Ornelas, também bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

José Ornelas salientou que “a mensagem final, das poucas palavras que ele disse, já o último fôlego a partir da balaustrada de São Pedro, foi precisamente para anunciar a Ressurreição e anunciar a paz e pedir o dom da paz”.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta a 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O presidente da CEP adiantou ter recebido uma notícia “profundamente triste, mas também cheia de grande esperança”.

“Pensei logo ‘segunda-feira de Páscoa, é o tempo de viver a Páscoa e depois de celebrá-la’. Eu acho que caracteriza muito aquilo que foi o Papa Francisco e aquilo que deixa à Igreja”, declarou.

Destacando o processo sinodal desencadeado por Francisco, José Ornelas notou que o que caracterizou a vida e o ministério do Papa Francisco foi querer “mudar o ser Igreja”.

“Escutar o povo de Deus, de voltar às raízes fundamentais daquilo que é a Igreja, para caminhar juntos, um caminho de conjunto dentro da Igreja”, referiu, considerando que a morte de Francisco não tira força a este processo, pois “a esperança está sempre para além da vida de cada um”.

O presidente da CEP admitiu ainda ter pensado ser uma pena Francisco não terminar o Jubileu da esperança.

“Depois disse ‘não é que pena’. Ele abriu caminhos de esperança”, frisou, desejando que a Igreja Católica os continue.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.