Chega/Açores diz que há compromissos a melhorar com Governo Regional para Orçamento de 2022

O deputado do Chega/Açores, José Pacheco, afirmou que “há uma série de agendas e compromissos” para “afinar, melhorar e até reinventar” com o Governo Regional, nomeadamente sobre questões sociais na elaboração do Orçamento para 2022.




“Concretamente ainda não vou dizer [quais os temas que podem determinar o voto do Chega]. Vamos passar pelas questões sociais. É preocupação nossa”, disse José Pacheco, no fim de uma audiência com o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, tendo em vista a elaboração do Plano e do Orçamento para 2022.

Questionado diretamente sobre o estabelecimento de uma meta quanto à diminuição dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), uma reivindicação do Chega, Pacheco lembrou que “há um compromisso escrito para diminuição da subsidiodependência”.

“Temos um compromisso com açorianos que votaram em nós. Enquanto os açorianos sentirem que esta governação [de coligação PSD/CDS-PP/PPM] lhes traz mais valias, cá estaremos para apoiar. Quando acharem que, de certa forma, [o Governo Regional] os está a enganar, pediremos aos açorianos para se pronunciarem através do voto”, afirmou.

Para o deputado, “não há que ter medo da democracia, mas não é democracia a qualquer custo”.

“Há uma série de agendas e compromissos que temos de afinar, melhorar e até reinventar”, observou.

Sobre o RSI, Pacheco explicou que o Chega não é “contra o apoio das pessoas que precisam”, mas “contra a subsidiodependência” e “pessoas que vivem à custa de subsídios e não querem trabalhar”.

“Há falta de mão-de-obra em vários setores. Temos de sair da pobreza trabalhando. Temos alertado o Governo Regional para isso. A pandemia [de covid-19] não pode ser desculpa para tudo”, notou.

“Não estamos contra os pobres, queremos acabar com a pobreza”, explicou.

José Pacheco observou que a posição do Chega “é sempre a mesma: de diálogo e cooperação, de firmeza na governação, sempre com sentido fiscalizador e de atenção”.

“Estamos aqui para sermos um parceiro ativo e positivo na governação dos Açores”, vincou.

De acordo com José Pacheco, a reunião serviu para “reafirmar” os “compromissos, dúvidas e ambições” do partido “em nome do povo açoriano”.

O deputado indicou que foram abordados “vários temas”, nomeadamente a “agricultura e os transportes aéreos e marítimos”.

O presidente do Governo Regional dos Açores está desde hoje de manhã a receber os partidos com assento parlamentar na Assembleia Legislativa Regional, tendo em vista a elaboração do Plano e do Orçamento para 2022.

O Chega elegeu dois deputados para o parlamento dos Açores nas eleições de 2020, mas, em junho, Carlos Furtado passou à qualidade de independente, depois de André Ventura, líder nacional do partido, lhe ter retirado a confiança política.

O Plano e o Orçamento dos Açores para 2022, os segundos da atual legislatura, vão ser discutidos até ao final no ano na Assembleia Legislativa Regional.

O Plano e Orçamento da região para 2021 foram aprovados em abril com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PPM, IL e Chega e a abstenção do PAN.


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