Autor: Lusa/AO Online
"Acreditamos que essa abertura honra ambos os lados e contrasta com a intransigência que por vezes assistimos", sublinhou o deputado do CDS-PP Michael Seufert em intervenção no parlamento.
"É um entendimento que saudamos e acompanhamos", sustentou ainda, com o apoio do deputado do PSD Amadeu Albergaria, que elogiou a "grande abertura" do executivo e da central sindical para o diálogo e o compromisso.
Pelo PS, o deputado António Cardoso diz que o acordo é "um recuo tático do ministro Nuno Crato", resultado da "fraqueza confrangedora" que são as "políticas educativas deste Governo".
"O PS entende que o modelo de admissão de candidatos à carreira docente é uma aberração educacional", considerou.
Já o Bloco de Esquerda, pela deputada Cecília Honório, lembrou o programa de matemática que o ministro "deitou no lixo", referindo-se aos receios de que os dados do relatório PISA da OCDE levem nos próximos anos a uma queda dos indicadores portugueses.
Quanto à prova de acesso, a parlamentar definiu-a como uma "caricatura" com o objetivo de "humilhar" os docentes.
A deputada Rita Rato, do PCP, disse por sua vez que o acordo entre o Governo e a UGT "não serve os professores nem a escola pública" e tem por verdadeiro objetivo "dificultar o ingresso na carreira docente".
"Esta prova é inaceitável, é uma humilhação, é mais um motivo para a derrota deste ministro e deste Governo", sustentou a comunista.
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, anunciou na segunda-feira que os professores contratados com cinco ou mais anos de serviço ficarão isentos da prova de acesso à carreira docente.
O anúncio foi feito após uma reunião com a UGT, central sindical que, perante a garantia da tutela em dispensar estes professores contratados da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades, comprometeu-se a desconvocar a greve à prova, marcada para 18 de dezembro.
Nuno Crato garantiu que esta medida será para repetir nos anos seguintes.
Os sindicatos da UGT comprometeram-se a desconvocar a greve à prova de acesso à carreira, marcada para 18 de dezembro, revelou o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, ainda antes da declaração de Nuno Crato.