Autor: Lusa/AO online
No Boletim Económico de outubro, divulgado hoje, a instituição liderada por Carlos Costa mantém a projeção de crescimento da economia portuguesa inalterada face ao documento apresentado em junho, ou seja, nos 1,7%.
Esta estimativa está 0,1 pontos percentuais acima da projeção de crescimento económico de 1,6% apresentada pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho no Programa de Estabilidade 2015-2019.
De acordo com o banco central, o crescimento económico este ano será sustentado por um "dinamismo robusto da procura externa, uma menor fragmentação financeira na área do euro e uma melhoria nas condições monetárias e financeiras", em sequência das medidas adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
Além disso, o BdP assinala "a consolidação de expectativas favoráveis dos agentes económicos quanto à evolução do rendimento permanente", o que contribuiu para o "dinamismo da procura interna".
Também o crescimento das exportações, o aumento do emprego no setor privado e uma queda no desemprego, bem como as baixas pressões inflacionistas caracterizam "a recuperação em curso", segundo o banco central.
O Banco de Portugal considera agora que a procura interna e as exportações representam um maior contributo para o Produto Interno Bruto (PIB), de 2,6 e 2,5 pontos percentuais, respetivamente (uma diferença de mais 0,5 pontos face ao Boletim de junho).
O banco central acredita também que as importações vão ter um maior impacto negativo no crescimento do PIB, penalizando-o em 3,4 pontos percentuais, quando em junho este impacto representava -2,4 pontos.
A entidade também mantém as previsões de junho para a taxa de inflação, estimando que represente 0,5% em 2015.
O BdP continua ainda a prever que Portugal feche o ano com contas externas positivas, de 2,3% do PIB, embora tenha revisto em baixa a previsão do saldo das balanças corrente e de capital, que em junho era 3% do PIB.
O Banco de Portugal atualiza as suas projeções económicas um dia depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) também o ter feito: a instituição liderada por Christine Lagarde manteve as suas previsões e estima que a economia portuguesa cresça 1,6% este ano.
Também a Comissão Europeia, segundo as previsões de primavera, estima que a economia portuguesa cresça 1,6% em 2015.