Autor: Lusa / AO online
“Um terço dos pobres da Ásia-Pacífico, 218 milhões de pessoas, podem deixar de viver na pobreza extrema se os governos tomarem as medidas para que a agricultura se torne económica e socialmente viável”, explicou o economista Shuvojit Banerjee durante a apresentação do estudo “Desenvolvimento Sustentável e Prosperidade Partilhada”.
“Apesar do crescimento económico acelerado na região, a pobreza persiste e a desigualdade social continua a aumentar”, continuou Banerjee, economista das Nações Unidas, acrescentando que o problema reside em “décadas de negligência” de uma política para a agricultura.
O investimento em Investigação e Desenvolvimento, instrumentos de crédito e a liberalização comercial são algumas soluções apontadas pela análise anual realizada pela Comissão Económico-Social das Nações Unidas para a Ásia-Pacífico (ESCAP, na sigla em inglês).
Quanto à China em particular, o estudo afirma que o controlo da inflação é a única forma de impedir que os preços dos bens alimentares continuem a subir, um aumento que afecta de forma desproporcional os mais pobres, uma vez que os gastos alimentares absorvem 15 por cento do rendimento dos mais carenciados.
Segundo o economista, em conjunto com uma política agrícola para promoção do equilíbrio social, a inflação e a desigualdade social são os dois problemas que Pequim tem que resolver com urgência para evitar o aumento do fosso entre ricos e pobres.
“A inflação chinesa de 4,8 por cento em 2007 foi a mais alta em 10 anos, devido ao aumento do preço dos alimentos e à política monetária, o que transformou em preocupação o aumento geral do preço de bens como a habitação”, apontou Banerjee que estima uma inflação de 3,5 por cento em 2008.
A China, afirmou Banerjee, terá também que implementar um sistema fiscal de redistribuição de pobreza para impedir que a “distribuição desequilibrada dos rendimentos uma das mais acentuadas na região, continue a acentuar as diferenças”.
De acordo com o estudo, a adopção de um sistema de protecção social, a gestão ambiental, o impacto migratório e as relações comerciais com os países vizinhos devem ser as prioridades asiáticas para atingir um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
O relatório aponta também que a diminuição das exportações e as medidas de arrefecimento económico fazem prever um crescimento inferior da economia chinesa em 2008.
A previsão é de 10,7 por cento, face aos 11,4 por cento de 2007.
O pior cenário de uma recessão na economia dos Estados Unidos e um declínio do dólar deverá ter um impacto inferior na China que nos outros da Ásia-Pacífico, refere a análise, devido ao aumento da procura interna.
O relatório deste ano aponta que a região da Ásia-Pacífico vai registar um crescimento económico em 2008, com a China e a Índia a dominarem a economia regional e a arrastarem o crescimento dos outros países.
Outras questões como a transferência do poder financeiro global para a Ásia e a influência dos biocombustíveis nos preços recorde dos alimentos na região também são desenvolvidas no estudo.
Todos os anos o relatório da ESCAP examina os assuntos críticos, desafios e riscos para a economia e sociedade dos países da Ásia-Pacífico e aborda temas-chave sobre o desenvolvimento de longo prazo na região.
A análise que pretende assinalar prioridades para a agenda política dos países asiáticos foi lançada hoje em mais de 20 capitais da região, incluindo Pequim, e em Nova Iorque e Genebra.
“Apesar do crescimento económico acelerado na região, a pobreza persiste e a desigualdade social continua a aumentar”, continuou Banerjee, economista das Nações Unidas, acrescentando que o problema reside em “décadas de negligência” de uma política para a agricultura.
O investimento em Investigação e Desenvolvimento, instrumentos de crédito e a liberalização comercial são algumas soluções apontadas pela análise anual realizada pela Comissão Económico-Social das Nações Unidas para a Ásia-Pacífico (ESCAP, na sigla em inglês).
Quanto à China em particular, o estudo afirma que o controlo da inflação é a única forma de impedir que os preços dos bens alimentares continuem a subir, um aumento que afecta de forma desproporcional os mais pobres, uma vez que os gastos alimentares absorvem 15 por cento do rendimento dos mais carenciados.
Segundo o economista, em conjunto com uma política agrícola para promoção do equilíbrio social, a inflação e a desigualdade social são os dois problemas que Pequim tem que resolver com urgência para evitar o aumento do fosso entre ricos e pobres.
“A inflação chinesa de 4,8 por cento em 2007 foi a mais alta em 10 anos, devido ao aumento do preço dos alimentos e à política monetária, o que transformou em preocupação o aumento geral do preço de bens como a habitação”, apontou Banerjee que estima uma inflação de 3,5 por cento em 2008.
A China, afirmou Banerjee, terá também que implementar um sistema fiscal de redistribuição de pobreza para impedir que a “distribuição desequilibrada dos rendimentos uma das mais acentuadas na região, continue a acentuar as diferenças”.
De acordo com o estudo, a adopção de um sistema de protecção social, a gestão ambiental, o impacto migratório e as relações comerciais com os países vizinhos devem ser as prioridades asiáticas para atingir um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
O relatório aponta também que a diminuição das exportações e as medidas de arrefecimento económico fazem prever um crescimento inferior da economia chinesa em 2008.
A previsão é de 10,7 por cento, face aos 11,4 por cento de 2007.
O pior cenário de uma recessão na economia dos Estados Unidos e um declínio do dólar deverá ter um impacto inferior na China que nos outros da Ásia-Pacífico, refere a análise, devido ao aumento da procura interna.
O relatório deste ano aponta que a região da Ásia-Pacífico vai registar um crescimento económico em 2008, com a China e a Índia a dominarem a economia regional e a arrastarem o crescimento dos outros países.
Outras questões como a transferência do poder financeiro global para a Ásia e a influência dos biocombustíveis nos preços recorde dos alimentos na região também são desenvolvidas no estudo.
Todos os anos o relatório da ESCAP examina os assuntos críticos, desafios e riscos para a economia e sociedade dos países da Ásia-Pacífico e aborda temas-chave sobre o desenvolvimento de longo prazo na região.
A análise que pretende assinalar prioridades para a agenda política dos países asiáticos foi lançada hoje em mais de 20 capitais da região, incluindo Pequim, e em Nova Iorque e Genebra.