Autor: MEO
Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B do MEO, destacou a importância deste evento para manter proximidade com as empresas açorianas e promover a partilha de conhecimento. “Há muitos anos que os nossos clientes nos desafiam. É importante partilharmos o que estamos a fazer para continuarmos a ser líderes de mercado e a merecer a vossa confiança”, afirmou, sublinhando o trabalho contínuo na área da cibersegurança e o compromisso de inovação tecnológica.
O evento MEO Empresas promoveu o debate acerca dos desafios e oportunidades num mundo em que a inteligência artificial e a computação quântica já são realidades cada vez mais presentes, exigindo uma adaptação rápida do tecido empresarial às constantes mudanças.
As empresas açorianas não estão alheias a esta necessidade, como sublinhado por Abel Aguiar, Diretor de Vendas de Canal para a Europa Ocidental da Microsoft. Na sua intervenção, comparou a revolução da inteligência artificial à chegada da eletricidade, pela capacidade de mudar processos de trabalho. Abel Aguiar mencionou um mito frequente no que diz respeito a estas transformações, relacionado com o receio de que o trabalho humano seja dispensado na sequência do uso destas tecnologias. “A IA é um assistente que nos ajuda a ser mais produtivos, não a substituir-nos”, assegurou, citando um estudo recente que revela que 80% das pessoas se sentem sobrecarregadas com tarefas diárias nos seus trabalhos. O papel da Inteligência Artificial é, nestes casos, o de agir como um assistente, permitindo ao colaborador ter mais tempo, automatizar processos e, no final de contas, otimizar o trabalho.
A computação quântica foi o centro do debate que juntou representantes de quatro grandes empresas no setor. Nuno Duarte, da Cisco, começou por explicar que a computação quântica vem tornar os processos de classificação ultrarrápidos face aos sistemas tradicionais. Ao facilitar a desencriptação de dados, pode significar uma ameaça. “Processos de desencriptação que demoravam 15 anos passam agora a demorar apenas 8 horas”, exemplificou Rodolfo Estrompa, da Check Point. Esta grande transformação que, assegura Daniel Ferreira, da Fortinet, já está a acontecer e a evoluir com grande rapidez, aumenta as exigências a nível de cibersegurança para todos. Face a esta nova realidade, Pedro Castro, da Palo Alto, destacou que a chave é fazer com que as empresas sejam capazes de usar a inteligência artificial a seu favor. Ao dominar este campo, colocam-se ao mesmo nível dos atacantes, sendo capazes de lhes fazer frente. Os oradores lembraram que este é um caminho contínuo e complexo, pelo que ter um parceiro de confiança para guiar nestes exigentes processos se torna essencial, ajudando as empresas a tomar ações preventivas.
Artur Costa, Diretor de Operações e Serviços de Cliente do MEO, explicou como a empresa utiliza a inteligência artificial para transformar a relação com os clientes, equilibrando automação e contacto humano. “A confiança constrói-se com as decisões que tomamos diariamente, e a IA é apenas mais uma ferramenta”, afirmou.
Hewlett Packard Enterprise marcou também presença, com uma apresentação em que Alexandre Matos evidenciou a importância de investir em clouds seguras e privadas para garantir a proteção de dados e a soberania digital das organizações.
Artur Lima, Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, reforçou a importância da segurança digital como pilar dessa soberania também para os governos, deixando o apelo a que a cibersegurança assuma um papel central na União Europeia, sublinhando que o investimento em segurança não se resume à compra de armamento. “O investimento em cibersegurança é para todos nós, porque é o que entra pelas nossas casas todos os dias”, defendeu, resumindo que o humano que melhor controlar a máquina será o que terá a capacidade de vencer nesta nova era, tornando-se mais competitivo.