"A banca deixou de poder mobilizar instrumentos que antes utilizava profusamente. É necessário procurar alternativas", sustentou Mário Fortuna, defendendo também a saída do balanço das empresas de algumas das dívidas das entidades públicas.

Na sessão de abertura de um fórum sobre urbanismo comercial e reabilitação urbana, o presidente da CCIPD propôs a transferência dessas dívidas para um "fundo de reestruturação financeira".

Mário Fortuna, para quem a crise económica está para durar, impondo a adopção de um programa de reestruturação das empresas, defendeu a reprogramação dos fundos comunitários atribuídos aos Açores e a imobilização num fundo imobiliário específico de "activos que já são excedentários para a produção".

"Os problemas das empresas não podem ficar secundarizados a calendários políticos de uns e de outros, sob pena de degenerarem para o consumo da riqueza, a degradação do ambiente económico, o desemprego e a pobreza", advertiu.