No seu Programa de Governo, que foi entregue à Assembleia Legislativa dos Açores, o executivo, que junta o PSD, o CDS-PP e o PPM, considera que “a região deverá convergir com os parâmetros de desenvolvimento europeus, sendo que, também na área do desenvolvimento tecnológico e científico, deverá contribuir para essa aproximação”.

O documento sublinha que “áreas como a economia azul e a economia verde se constituem como apostas no futuro, em que a investigação científica terá um papel determinante”.

Dentro da investigação científica, destaca-se aquela que é produzida na Universidade dos Açores “como um projeto estruturante” para a afirmação do arquipélago, pelo que esta instituição é apontada como “um parceiro estratégico para o desenvolvimento dos Açores”.

Assim, “o Governo defende a sua autonomia, a sua realidade ultraperiférica e a sua tripolaridade, com os devidos apoios complementares por parte da região”, e quer promover a instituição “como centro de investigação azul no Atlântico Norte”.

A “afirmação regional das atividades espaciais” é o último dos pontos listados na área da Ciência, mas o executivo acredita que esta área merece a criação de uma “Estratégia Regional para o Espaço” e da Entidade Espacial Regional (EER), a quem cabe “gerir as atividades espaciais na região”.

As estruturas relacionadas com o Espaço já existentes na ilha de Santa Maria podem também contribuir para “promover a atração de estruturas e iniciativas internacionais, de relevância para a região, e que sejam potenciadores de mais-valias”.

Quanto ao “reforço do sistema científico regional e promoção do conhecimento científico”, este deve passar pela “contratação de investigadores pelos centros de investigação regionais”, o reforço dos apoios aos centros de investigação, a atribuição de bolsas de investigação, participação em estudos e projetos científicos e programas de interesse internacional”.

Para a Ciência, tutelada por Susete Amaro, numa secretaria regional que junta a esta área a Cultura e a Transição Digital, estão também previstos estímulos ao “intercâmbio científico entre as regiões ultraperiféricas da União Europeia”, a aposta em indústrias criativas de base tecnológica e a integração do arquipélago nos ‘clusters’ tecnológicos mundiais.

A tutela quer “cativar empresas nacionais e internacionais para a utilização da região como base de teste de soluções de natureza tecnológica” e “desenvolver “uma base de dados para a avaliação do potencial científico e tecnológico da região”.