Açoriano Oriental
Um concelho que se orgulha da sua multiculturalidade

“A Praia da Vitória é a cidade que respira cultura por todos os poros. O rock, o blues e o jazz saíam dos limites da Base das Lajes e passeavam-se pelas artérias praienses.
O primeiro festival de rock na praia da Riviera tinha lugar a 7 e 8 de outubro de 1976 inspirado no fenómeno norte-americano Woodstock”

Um concelho que  se orgulha da sua multiculturalidade

Autor: Concelho@concelho

Uma viagem pela cidade de Vitorino Nemésio, a Praia das praias
Não será difícil escolher uma das várias unidades hoteleiras na Praia da Vitória. Também no centro estão situados diversos alojamentos locais que garantem a sua segurança em tempos de Covid-19. Atualmente o município dispõe de 515 camas em regime tradicional e 761 camas em regime de alojamento local.
Podemos acordar em qualquer lugar da Praia da Vitória e olhar pela janela. A experiência vai oferecer-nos o mar para os olhos e a calma e o silêncio para a alma.
Mas é tempo de ganhar alguma energia com um pequeno almoço numa qualquer esplanada da Rua de Jesus. O mítico café Teresinha ou o Santa Cruz (na Praça Francisco Ornelas da Câmara) seriam duas sugestões, em primeira instância.
O Centro Histórico da cidade é cheio de monumentos e prédios históricos e ruas tradicionais. A arquitetura é típica e as casas de barras coloridas estão em cada esquina.
A toalha vai ao ombro e o chinelo no pé. Passear na Praia da Vitória requer também que o biquíni ou os calções estejam sempre vestidos- não vão as nuvens desaparecer e dar lugar a um escaldante dia de praia.
O Café com a queijada Dona Amélia ou Conde da Praia podem ter despertado, mas um mergulho no mar será sempre a melhor forma de começar um dia. E existem, praticamente no centro da cidade, diversas opções: Prainha, Praia Grande, Praia dos Sargentos ou Riviera. Porque não dedicar um dia inteiro a experimentar todos os areais de bandeira azul? (O concelho inaugurou a época balnear com 9 zonas de banhos acreditadas).
A extensa baía e a marina são locais que vai querer registar na sua pasta de fotos das férias na Praia da Vitória.

Biscoitos: Mar e Vinho
Se é açoriano sabe que as 9 ilhas dos Açores têm os recantos mais incríveis para banhos. Se não é da região saiba que as piscinas naturais com rocha vulcânica são uma experiência obrigatória na passagem pelos Açores. Na Praia da Vitória não é exceção.   Guarde um dia para visitar a pitoresca freguesia dos Biscoitos, na costa Norte da ilha. Tem diversos locais onde poderá experimentar as águas cristalinas do Atlântico. Aproveite a paisagem vinhateira e visite o Museu do Vinho que mostra a história do vinho na ilha e a importância da casta Verdelha ao longo dos séculos. O núcleo museológico dedica ainda um espaço à etnografia açoriana. Nesta visita poderá ver também a adega do Vinho Verdelho, a destilaria, uma sala de provas e uma sala de engarrafamento. O Museu do Vinho nos Biscoitos é ainda a sede da Confraria do Vinho Verdelho.
Não estranhe se algum desconhecido o convidar a visitar a adega particular e a provar o vinho. Confie. Os terceirenses adoram bem receber.
Ao lado, na pequena freguesia das Quatro Ribeiras também encontra uma zona de banhos com um miradouro no mar onde poderá avistar as encostas de recorte admirável.
No regresso à cidade passa pelas freguesias do Ramo Grande (Vila Nova, Agualva, Lajes, Fontinhas e São Brás), e aprecie a arquitetura típica daquela zona rural do concelho. Se tiver tempo pode ainda parar nas Escaleiras para mais um banho no regresso.
Não vai querer perder a freguesia à beira mar plantada que é o Porto Martins, mais um dos locais de eleição para banhos de mar. Mas não sem antes visitar o Cabo da Praia e a Fonte do Bastardo (a freguesia que é casa dos campeões de voleibol).
Já em pleno coração da cidade, poderá visitar a Zona Verde, o parque infantil, o Paul da Praia da Vitória e o Jardim Municipal que fica em frente ao Mercado Municipal.
A Igreja Matriz é datada do século XV e de estilo gótico e manuelino. É também um ex-líbris da cidade e uma das mais antigas da ilha. Foi classificada como interesse público em 1980.

Reserve algum tempo para trilhos pedestres
Rocha do Chambre (de dificuldade média, 9,3 km e 2h30 de tempo), Baías da Agualva (aproximadamente 2 horas, percurso de 4 km e de fácil acessibilidade) e Relheiras de São Brás (5km de fácil acessibilidade e 2 horas de duração) são os 3 trilhos mais conhecidos do concelho, mas não faltam caminhos no interior da ilha com paisagens a perder de vista.

Desportos
Os amantes de atividades de maior adrenalina podem recorrer às várias empresas de animação turística que garantem experiências únicas de mergulho, escalada, snorkelling, coastering, surf, windsurf, canoagem ou observação de cetáceos. Na maioria destas atividades é possível estar em família ou com amigos, em momentos de convívio e animação.
Na Praia da Vitória está estacionado um extraordinário campo de golfe construído inicialmente para a comunidade americana e que impulsionou a prática do desporto na sociedade terceirense. A prática ficou de tal forma enraizada que, contrariamente ao que acontece em quase todo o mundo, o golfe é um desporto acessível a todos os bolsos, na ilha Terceira. Por motivo dessa democratização do desporto “de elite” na Praia da Vitória, este é, atualmente, o concelho do país com mais praticantes da modalidade per capita.
 
A cidade da multiculturalidade
Se privilegia a cultura, a Praia da Vitória é a cidade que respira cultura por todos os poros. O rock, o blues e o jazz saíam dos limites da Base das Lajes e passeavam-se pelas artérias praienses. O primeiro festival de rock na praia da Riviera tinha lugar a 7 e 8 de outubro de 1976 inspirado no fenómeno norte-americano Woodstock.
A influência norte-americana trouxe aos praienses um espírito de multiculturalidade que não se registava em nenhum outro local dos Açores. Era a, então, vila da liberdade e das artes.
O recentemente inaugurado Núcleo Museológico da FAP na Base Aérea Nº4 é uma boa janela para essa multiculturalidade.
A cidade-berço de Vitorino Nemésio tem ainda a casa onde o escritor nasceu, em 1901, aberta a visitas.
Também é possível visitar a “Casa das Tias” de Vitorino Nemésio (que o ajudavam financeiramente nos estudos em Coimbra). Local onde agora se situa a Biblioteca Municipal Silvestre Ribeiro.
Na Vila das Lajes poderá visitar o recente Museu do Carnaval da Ilha Terceira - Hélio Costa, com vasto espólio de um dos maiores traços identitários da cultura terceirense.
No concelho, a nível de programação cultural, o Auditório do Ramo Grande e a Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira disponibilizam variada programação, entre espetáculos, concertos, cinema, exposições e teatro.
Está na raiz terceirense (e consequentemente praiense) a afición pelas touradas à corda. Este ano as touradas não aconteceram por ser uma manifestação que aglomera centenas (se não milhares) de pessoas. Nas touradas à corda o touro não é picado. Corre pelas artérias das freguesias da ilha e alguns – os mais corajosos- conseguem fazer-lhe um passe. Nas touradas à corda é também, frequente, acabarmos a tarde no “Quinto Touro”, que é o conceito do convívio (comer e beber) nas casas que ficam no “arraial” por onde passa o touro. Podemos, mais uma vez, entrar em casa de desconhecidos e sermos tratados como amigos.
Depois de um dia em cheio na Praia da Vitória, nada como um pôr do sol nas diversas esplanadas à beira mar na zona dos bares e restaurantes. Um local onde poderá encontrar diversos menus a preços versáteis.
A Praia da Vitória associa a tudo isto um povo hospitaleiro e festivo, que gosta de receber em qualquer altura do ano, mas em particular quando festeja o culto ao Divino Espírito Santo ou nas Festas da Praia, em agosto, quando a gastronomia se junta à música, aos eventos taurinos e às tradições… Tudo isto aliado a uma forma de receber bem terceirense.

Miradouros especiais
Na Serra do Facho vai poder colocar no plano da sua fotografia toda a cidade e a baía praiense.
A Serra do Cume, na periferia da cidade, é uma das paisagens mais marcantes dos Açores. A famosa “Manta de Retalhos”, composta pelas diversas tonalidades de verde e pelos quadrados dos “cerrados” tipicamente açorianos fazem deste um dos locais favoritos para os visitantes.

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