Açoriano Oriental
Diversão, natureza e história na rota de umas férias seguras

A Câmara Municipal de Lagoa criou o plano turístico ideal para si. Juntou natureza, cultura e aventura num pacote que lhe garante segurança e qualidade durante as férias. O convite está feito, é para todos sem exceção, e soma ainda a boa gastronomia hospitalidade dos lagoenses


Autor: Concelho@concelho

Com a liberalização do espaço aéreo dos Açores em 2015, também a Lagoa viu disparar o turismo e as mais-valias noutros setores de atividade que compõem o tecido económico do concelho, acompanhando a tendência a nível regional. Presentemente, a realidade é outra, em virtude do contexto pandémico, mas está longe de ser preocupante. E porquê?
Até ao momento, a cidade de Lagoa não conhece qualquer infetado pelo novo coronavírus e, sublinhe-se, mesmo que o infortúnio tivesse batido à porta de um qualquer lagoense – como se tem verificado um pouco por todo o mundo -, a cidade mais jovem de São Miguel criou e goza de condições para que possa fazer dela destino de eleição nas férias ou, pelo menos, local para um bom passeio.
Se ainda teme repercussões da crise sanitária, então deve ser informado de que a Câmara Municipal já tratou de implementar várias medidas em prol da sua segurança e que estas cumprem com todas as recomendações das autoridades de saúde: a autarquia procede regularmente à desinfeção de zonas públicas e cuidou de consciencializar os agentes económicos para o cumprimento de todas as normas de higienização e distanciamento social.
Medidas à parte, o município folga em ter argumentos inatos para tornar a sua passagem, a sua experiência, especial e única, sobretudo agora que os ex-libris naturais parecem estar a descansar da carga turística e da azáfama a que estiveram sujeitos nos últimos quatro anos.
Portanto, optar por umas férias na Lagoa, é ter a garantia de que vai poder fruir dos seus monumentos naturais ao ritmo e timing que melhor lhe convier, e de que acederá facilmente a boa gastronomia, zonas balneares de excelência e um património cultural imenso.


Vamos a banhos!
Entre o Rosário à Ribeira Chã, freguesias limítrofes do concelho de Lagoa, tem várias zonas balneares espetaculares para usufruir do que resta do verão e colmatar os banhos que o Covid 19 tratou de inibir.
No Rosário, pouco mais abaixo do coração da cidade, encontra-se o Complexo das Piscinas Municipais de Lagoa, zona balnear que ostenta a bandeira Azul e dificilmente poderá defraudar expetativas, não fosse, aliás, considerada uma das melhores da ilha de São Miguel. Quem gosta de mar, de águas limpas e cristalinas, não tem porque não gostar do amplo complexo lagoense, que, este verão, em virtude da conjuntura atual, obedece a um rigoroso programa de controlo e higienização do espaço.
Quem comprar bilhete, está obrigado a desinfetar as mãos e o calçado, além de ter de cumprir com toda a etiqueta respiratória e distanciamento social. Mais, as piscinas não naturais estão encerradas e o espaço fecha entre as 14h00 e as 15h00, justamente para limpeza da zona balnear. Tudo pela sua segurança e dos demais banhistas.
Também vai gostar de dar um mergulho no porto da Caloura, uma das icónicas áreas balneares do município e favorecida por um microclima que torna qualquer verão mais agradável. Resguardado por altas escarpas vulcânicas, a zona balnear é vigiada por nadadores salvadores e faz-se acompanhar de uma piscina natural, dispondo igualmente de várias escadas de acesso ao mar.
Ao lado, está o pequeno e pitoresco porto de pescas, segunda casa dos pescadores que se fazem ao mar para capturar o peixe e marisco frescos que tão bem caracterizam o concelho.

Peixe e marisco frescos? Onde?
Se foi dar um mergulho ao porto da Caloura, não tem necessariamente de se aventurar muito mais, mas deve saber que um pouco por toda a restauração lagoense pode encontrar peixe e marisco fresco na ementa. Só entre a Atalhada e o Rosário, há um punhado de bons restaurantes a fazer jus a uma cidade cada vez mais voltada para o mar e a esforçar-se por trazer para o prato dos clientes o que nele há de melhor.
Entretanto, se corrobora da teoria de que ‘o peixe não puxa a carroça’, permita-nos passar a seguinte nota: a proposta gastronómica é vasta e combina os sabores da cozinha típica micaelense com uma culinária arrojada e contemporânea, que também beneficia dos verdejantes prados e extensas culturas do concelho.
Dito isto, já sabe que o que lhe chegará à mesa será carne macia açoriana e que pode contar com os melhores vegetais e frutos da época. Coma bem e tire partido de uma restauração que prima por servir bem os seus clientes.
À procura de uma sobremesa diferente e despretensiosa? Que tal um gelado de máquina em Água de Pau? Uns dizem que são os melhores, outros acreditam que o melhor é mesmo a experiência de poder saboreá-los ao pé de gente tão simpática e hospitaleira…Fica ao seu critério, tal como a possibilidade de levar para casa uma das deliciosas melancias vendidas no centro da vila.

Trilhos para desgastar
Tem uns bons trilhos na Lagoa à sua espera, se quiser queimar as calorias de um almoço mais prolongado com amigos e familiares, ou se pretender reconquistar a ‘quilometragem’ e o ritmo perdidos durante o período de quarentena.
Encontra-se na malha urbana da cidade? Comece pelo trilho da cidade, um percurso que está devidamente assinalado e foi desenhado para que possa conhecer de forma descontraída o município lagoense.  
O trajeto decorre maioritariamente pela orla marítima, tendo início na Atalhada e culminando na freguesia Santa Cruz. (Um aparte histórico: quando passar pelo Porto dos Carneiros, saiba que está a calcorrear o local por onde entraram os primeiros animais, incluindo carneiros, que serviriam para alimentar os povoadores da ilha de São Miguel).
Depois, aproveite para visitar o Convento dos Frades, ou mesmo da Casa da Cultura Carlos César que ladeia com o edifício da Câmara Municipal de Lagoa. Mais adiante, deixe-se viajar no tempo ao entrar na Casa do Ferreiro Ferrador, onde perduram e se praticam as ancestrais artes de trabalhar o metal.
Pelo caminho, destaque para a emblemática Cerâmica Vieira e também para o Nonagon Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, duas realidades contrastantes, mas bem reveladoras de como o legado histórico está em harmonia com a visão de futuro da cidade.
Já foi à baía de Santa Cruz e regressou? Então, se calhar é tempo de começar a planear a aventura nos trilhos da Janela do Inferno (Estrada Regional para a Lagoa do Fogo – Remédios – Santa Cruz) ou Pedras Brancas (Água de Pau – Ribeira Chã – Água de Pau).
Em formato circular, o trilho da Janela do Inferno é um dos mais procurados de São Miguel e permite o acesso a um fantástico sistema de condutas, túneis e aquedutos que, tendo sido construídas ainda no século XIX, ainda hoje abastecem os concelhos de Lagoa e Ponta Delgada.
Com outra exigência e dificuldade, mas igualmente recompensador, apresenta-se o trilho da Pedras Brancas, outro a prometer cenários incríveis sobre a ilha e em particular sobre a freguesia da Ribeira Chã, com nascentes, plantações de cana da índia e uma abundante vegetação verde a tingir o pano de fundo.
Pelo meio, atente na parede traquítica que dá nome ao trilho e, se para além de pedestrianista for um amante de escaladas, faça uso dela para rappel (as vias estão equipadas de acordo com diferentes graus de dificuldade).
Tanto o trilho da Janela do Inferno, como o Pedras Brancas, integram a chamada Rota d’ Água, que inclui ainda o percurso pedestre da Lomba Grande. Este último, une os percursos da Janela do Inferno e das Pedras Brancas, pelo que tem mais uma caminhada possível com um entorno paradisíaco assegurado, muito ‘patrocinado’ pela cota elevada da serra de Água de Pau, que inclui ainda o percurso pedestre ‘Entre Túneis e Condutas’.  

Quer mais natureza…
…E a Lagoa tem-na. No parque florestal Chã da Macela, por exemplo, há uma extensa área onde crescem várias espécies vegetais, umas endémicas (louro, queiró, urze, cedro do mato, uva da serra), outras introduzidas (araucárias, criptomérias, cedros, acácias, pinheiros).
Lá, além da exuberante vegetação, pode admirar os animais que habitam o parque, aproveitar para descansar nos verdejantes espaços de lazer e admirar a paisagem do centro da ilha a partir do seu miradouro.
Numa outra perspetiva, também poderá gostar de visitar o Miradouro do Pisão, que permite contemplar o portinho da Caloura. Junto ao miradouro, existe um parque de merendas equipado com cobertos e churrasqueiras que pode utilizar para uma tarde bem passada.
Em Água de Pau, por seu turno, vai encontrar o Miradouro do Monte Santo, um ponto de atração turística incrível que lhe vai permitir admirar a Vila de Água de Pau e a Ermida de Nossa Senhora do Monte Santo, que se destaca na paisagem devido ao azul utilizado na sua pintura.

Conhecer a História da Lagoa
Os lagoenses orgulham-se de serem detentores de um vasto e diversificado património cultural e arquitetónico e a Câmara Municipal de Lagoa estende-lhe o convite para que visite locais como o Museu Etnográfico do Cabouco, a Casa Museu Maria dos Anjos Melo, a Casa do Pescador e o Museu das Lavadeiras, isto para além dos Núcleos Museológicos da Ribeira Chã, tudo referências que lhe permitirão conhecer a Lagoa por dentro e entender melhor as suas vivências.
Não deve, entretanto, deixar passar a oportunidade de visitar o núcleo museológico do Presépio, alojado no convento de Santo António, e ficar a saber mais sobre a arte bonecreira através da exposição lá patente.
O Museu de Lagoa-Açores mantém, aliás, disponível online a Rota Bonecreira, um recurso que identifica e mapeia os bonecreiros que no concelho dão continuidade àquele que é indelevelmente uma arte idiossincrática da Lagoa.

Escolha onde ficar
Entre 2010 e 2018, a cidade potenciou e viu aumentado o número de unidades de alojamento turística de cinco para dez, o que representa um crescimento na ordem dos 200 por cento. Hoje, os números são hoje ainda maiores e a oferta mais variada, portanto, opções não lhe irão faltar se se decidir por uma ‘escapadinha’ até à Lagoa.

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