Açoriano Oriental
Ministra das Finanças desvaloriza críticas sobre apresentação de retificativos
A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse hoje que a apresentação de orçamentos retificativos representa uma "clara demonstração de respeito democrático" num período de "incerteza absolutamente fora do normal" em dados económicos.
Ministra das Finanças desvaloriza críticas sobre apresentação de retificativos

Autor: Lusa/AO online

 

"Enfrentámos ao longo destes três anos a maior crise dos últimos 80 anos o que traz consigo um nível de incerteza absolutamente fora do normal", declarou a governante, que falava no 'briefing' a seguir ao Conselho de Ministros e apresentava o segundo orçamento retificativo para o ano de 2014.

Maria Luís Albuquerque havia sido questionada sobre declarações de quarta-feira do secretário-geral do PS, António José Seguro, que disse não esperar surpresas no retificativo e criticando o "Governo dos retificativos" e a sua estratégia orçamental.

A apresentação de orçamentos retificativos representa uma "transparente e clara demonstração de respeito democrático", advoga a ministra, desvalorizando as críticas e lembrando que os retificativos passam também pelo parlamento e não só pelo Conselho de Ministros.

Maria Luís Albuquerque sublinhou ainda que quando se começa a executar o orçamento de um ano, que surge em outubro, os dados que lhe servem de base estão "frequentemente desatualizados" porque dizem respeito a meses anteriores e, num período de instabilidade, podem mudar.

"Poderão dizer que o Governo falha as previsões. Mas não encontrei nos últimos três anos uma única instituição que tivesse acertado as previsões", acrescentou a governante.

O Governo anunciou hoje que o orçamento retificativo contempla uma revisão do cenário macroeconómico para 2014 com impacto positivo nas contas públicas, como o ajustamento em baixa da taxa de desemprego e em alta do crescimento da economia.

A ministra das Finanças anunciou que a perspetiva do Governo é que a taxa de desemprego se fixe nos 14,2% e que a economia cresça 1% este ano. A receita fiscal e a receita da Segurança Social também são revistas, prevendo-se agora que aumentem 0,7% e 0,3% do PIB, respetivamente.

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