Autor: Lusa/AO online
Segundo o dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e da Aviação Civil Bruno Fialho, na quarta-feira a companhia aérea dos Açores enviou um e-mail a 40 tripulantes contratados na base de Lisboa a pedir-lhes para decidirem em 24 horas (até às 18:00 de hoje) "se queriam continuar a ser contratados" e que, em caso afirmativo, teriam de ir para Ponta Delgada, durante sete meses, a partir de 1 de abril. Os sete meses correspondem ao período considerado de verão, de época alta, pelas companhias aéreas.
Bruno Fialho considerou a atitude da SATA "inadmissível" numa empresa com responsabilidade social como a companhia aérea açoriana, dizendo que estão em causa pessoas com filhos e vidas organizadas que teriam de estar instaladas em Ponta Delgada dentro de 15 dias e por sete meses.
Segundo o dirigente sindical, até agora, nesta altura do verão, quando há necessidade de reforço de tripulações, "as pessoas escolhiam a base onde tinham sido contratadas em anos anteriores", não sendo obrigadas a ir para os Açores.
Ainda assim, disse que nos dois últimos anos houve necessidade de enviar cerca de dez pessoas, por dois meses, para Ponta Delgada, "mas eram contactadas antecipadamente" e tinham situações em que se sabia que mais facilmente aceitariam a proposta, garante.
Bruno Fialho considera que a SATA está a tentar arranjar uma forma de dispensar contratados mais antigos, que estão mais perto dos quadros permanentes da empresa e ganham mais, por serem esses que mais dificilmente têm condições de aceitar a ida para Ponta Delgada.
A agência Lusa contactou a SATA, para confrontar a empresa com estas acusações. Fonte oficial da companhia aérea remeteu uma eventual reação para mais tarde.
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