Autor: Lusa/AO Online
A SATA e o Governo dos Açores, seu único acionista, apresentaram hoje aos deputados do parlamento regional o plano estratégico da SATA até 2020.
Três partidos da oposição apontaram, em declarações aos jornalistas, críticas ao documento e às opções da empresa.
O deputado Jorge Macedo disse que o PSD está "extremamente preocupado com o que está no plano", que aponta para uma situação financeira difícil na SATA.
O social-democrata considera que a companhia não está preparada para enfrentar o desafio imediato da liberalização do transporte aéreo nos Açores e da concorrência das ‘low cost’, já a partir de abril.
"Quase que podemos afirmar que este não é um plano estratégico, é um plano de socorro", afirmou, apontando para a situação "quase dramática" em que está a empresa.
O deputado considerou ainda que o documento apresenta estimativas e projeções baseadas em "pressupostos" que não foram divulgados, inviabilizando uma boa análise das suas conclusões.
Também Artur Lima, do CDS-PP, considerou que o documento faz um diagnóstico preocupante da situação da SATA e é "a prova" de que a empresa "tem de mudar de rumo e servir os açorianos", depois de ter andado a "concorrer em rotas" que davam prejuízos e a levaram a uma "dívida colossal e quase insuportável".
"Não vimos aqui nenhum rasgo de ambição, nenhum rasgo de inovação. Vimos foi cortes e pôr preto no branco que quase tudo o que se fez até agora foi errado, foram opções erradas, megalomanias europeias, megalomanias sul-americanas", afirmou, dizendo que, porém, a SATA "continua a insistir em não servir os açorianos".
"Continuamos sem saber como vai ser o regime de acessibilidades internas, em que condições de equidade e igualdade os açorianos vão ter de acesso ao exterior e para que existe a SATA, a não ser que é um instrumento político ao serviço de um Governo [Regional] que a usa para os seus mais escondidos objetivos", acrescentou.
Quanto ao deputado do PCP, Aníbal Pires, disse que o documento traduz a "visão pouco ambiciosa" para a transportadora aérea regional que tem o Governo dos Açores, que pretende reduzi-la "ao mínimo possível".
Por outro lado, disse haver "muitas interrogações e muitas questões não respondidas" que deviam estar já esclarecidas, uma vez que liberalização do transporte aéreo nos Açores entra em vigor em abril.
Aníbal Pires manifestou também preocupação com a intenção da SATA de renegociar o acordo de empresa, alertando que a transportadora emprega "muitos trabalhadores, direta e indiretamente".
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