Autor: Lusa/AO online
“Não há nada neste momento que se possa apontar que faça ligação entre estes dois fenómenos”, referiu Rui Jorge Agostinho.
A queda do meteorito na Rússia, que se fragmentou ao entrar na atmosfera e atingiu seis cidades nos Montes Urais, segundo os últimos dados do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, provocou 514 feridos, 11 dos quais tiveram de ser internados.
O diretor do Observatório Astronómico de Lisboa explicou que o meteorito que caiu na Rússia “é tecnicamente um meteorito”.
“Isto é, entrou pela atmosfera terrestre em altíssima velocidade, ultrapassava mesmo a barreira do som. Quando entra pela atmosfera desacelera, passa a barreira do som novamente, e isso faz o ‘boom’ sónico que as pessoas ouviram”, disse.
Rui Agostinho esclareceu que “outra coisa é o asteroide que está numa orbita natural em torno do Sol, uma órbita mais larga, estável, e que também está a passar neste momento relativamente próximo da Terra”.
Chamado ‘2012 DA 14’, o asteroide - que se define como um corpo rochoso e metálico que tem uma órbita definida em redor do Sol - foi descoberto, em Espanha, a 23 de fevereiro do ano passado.
A sua passagem perto da Terra inicia-se, pelas 19:30 de hoje (hora de Lisboa), na direção da Constelação de Virgem, e termina, às 02:00 de sábado, próximo da Estrela Polar, segundo o Centro Ciência Viva (CCV) de Constância/Parque de Astronomia, que tem o maior telescópio público de Portugal.
Este corpo celeste passa perto do "planeta azul" a uma velocidade de oito quilómetros por segundo e a uma distância de cerca de 28 mil quilómetros, um décimo da distância entre a Terra e a Lua.
O diretor do Observatório Astronómico de Lisboa sublinhou que o ‘2012 DA 14’ “não está em rota de colisão com a Terra, não está mesmo”.
O céu não vai ajudar, pelo que o grande asteroide que passa hoje perto da Terra dificilmente será visto em Portugal.
Para o corpo celeste poder ser observado, o céu tem de estar limpo e muito escuro. As previsões meteorológicas apontam, no entanto, para hoje à noite céu pouco nublado, com nuvens altas, no continente e nublado nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
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