“Fui mandatado para apresentar o seu pedido de asilo político (…). Encontrámo-nos esta manhã (hoje) num hotel” da Cidade de Guatemala, afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, o advogado Telesforo Guerra.

As autoridades do Belize procuram há várias semanas o informático com o objetivo de investigar a sua possível implicação no homicídio de um vizinho e compatriota norte-americano, Gregory Faull, de 52 anos, encontrado morto com tiros na cabeça na sua residência no Belize, em Ambergris Caye.

Não existiam sinais de arrombamento na casa e o computador portátil e o telemóvel da vítima desapareceram, segundo informações divulgadas nos últimos dias.

McAfee “é perseguido no Belize, perseguido politicamente porque ele parou de dar dinheiro ao Governo. [As autoridades do Belize] acusam-no de um crime de direito comum (…), posso portanto obter a concessão de um asilo”, acrescentou o advogado local.

Telesforo Guerra assegurou que o informático “teme pela sua vida”.

“Depois de ter apoiado o atual governo do Belize, eles querem mais dinheiro, eles recebem e não reinvestem”, denunciou o advogado.

McAFee afirmou no seu ‘blogue’ que não teve qualquer ligação com a morte do norte-americano e que trocou poucas palavras com Faull desde que em 2008 se mudou para aquele país.

Em declarações à revista norte-americana “Wired", McAfee disse que estava preocupado com a sua segurança, porque os assassinos de Faull andavam à sua procura.