“Temos vindo a registar alguma pressão para efetuar reservas em datas que normalmente não temos, ou seja, nos meses de abril, maio, junho e outubro, o que serve de indicador de que vamos ter um ano bom”, declarou Humberto Pavão à agência Lusa.

O delegado nos Açores da AHP frisou que esta “maior pressão”, em termos comparativos com o período homólogo do ano anterior, revela que “há mais gente a procurar a região", havendo algumas datas em que estão já a ser recusadas reservas por parte dos hotéis.

“Temos aqui datas em que já estamos fechados nos Açores, nomeadamente na ilha de São Miguel, mas creio que este ritmo estende-se às restantes ilhas”, declarou.

Apesar de não acreditar que haverá um aumento da taxa de ocupação de 10 por cento, como em 2013, porque o setor tinha “batido no fundo”, disse estar convicto de um “aumento ligeiro”.

No que concerne à Páscoa, afirmou que os Açores “não têm sido muito fortes, embora apareça, pontualmente, alguma procura que depende da época festiva acontecer mais cedo ou mais tarde”.

“Como este ano a Páscoa é mais tarde, em finais de abril, significa que devemos ter mais procura do que no ano passado”, disse Humberto Pavão, que recordou que poderão chegar aos Açores alguns espanhóis na sequência de voos programados para Madrid e Barcelona.

Neste momento, na reta final da época baixa nos Açores, a taxa de ocupação dos hotéis deve rondar os 30 por cento, referiu.

“Não se pode comparar com o resto do ano, uma vez que ainda estamos na época baixa, que é muito rigorosa na região. Temos uma sazonalidade muito forte à qual é difícil dar a volta”, acrescentou.

O delegado nos Açores da AHP referiu, por outro lado, que as unidades hoteleiras que fecharam com a sazonalidade do turismo vão reabrir e que existe um empresário que está em negociações com a banca no sentido de reabrir um hotel na ilha de São Miguel encerrado há algum tempo.