Açoriano Oriental
Governo dos Açores garante que têm sido realizadas obras na escola Antero de Quental

A secretária regional da Educação dos Açores, Sofia Ribeiro, refutou as acusações de indiferença perante as necessidades da escola Antero de Quental, em Ponta Delgada, garantindo que já foram feitas várias intervenções no edifício.

Governo dos Açores garante que têm sido realizadas obras na escola Antero de Quental

Autor: Lusa

Em comunicado de imprensa, a titular da pasta da Educação “refuta as acusações de indiferença perante as necessidades da escola” e adianta que, “a par das pequenas reparações que são da competência do conselho executivo”, o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) “continuará a acompanhar e a encetar as intervenções que se revelem necessárias, nesta e em todas as escolas da região”.

A reação de Sofia Ribeiro surge no dia em que foi marcada uma manifestação de pais e alunos da Escola Secundária Antero de Quental contra "as condições degradantes" do estabelecimento de ensino situado no Palácio da Fonte Bela.

"A escola sempre passou por várias necessidades e o conselho executivo pediu, por diversas vezes, verba à direção regional da Educação, que deu sempre uma resposta insuficiente ou então nem sequer respondiam aos ‘emails’", afirmou o presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Antero de Quental, Rodrigo Monteiro, em declarações à agência Lusa, na quinta-feira.

Em causa está, segundo pais e alunos, "a falta de assistentes operacionais, a escassez de materiais essenciais como cadeiras e mesas em condições razoáveis, a insuficiência de material de laboratório, a falta de acesso a recursos tecnológicos" e a necessidade de "obras estruturais" no edifício antigo.

Segundo Sofia Ribeiro, desde que o executivo tomou posse, em novembro de 2020, assegurou “ser prioritária” a intervenção na Escola Antero de Quental.

A governante disse ter dado nota do plano de intervenção à associação de pais, numa carta enviada em 14 de dezembro de 2021, acrescentando ter comunicado às associações de estudantes e pais as medidas que foram tomadas durante o mandato.

Sofia Ribeiro saudou o espírito proativo dos alunos na defesa das condições de trabalho da escola, mas salientou que deve ser “consubstanciado em informação atualizada”, lamentando que não tenha sido “apresentado qualquer pedido prévio por parte da associação de estudantes”. 

A titular da pasta da Educação nos Açores elencou várias obras já realizadas na escola, como uma “intervenção nos tetos pictóricos da sala de professores que se encontrava em risco de abatimento eminente” e a “desinfestação das térmitas da respetiva ala”.

Destacou ainda a “recuperação e a manutenção dos portões da escola”, uma “intervenção para garantir a segurança da varanda sul do Palácio”, “o retelho das salas 25 a 30, a pavimentação dos pátios localizados a sul, a reabilitação das caixas de escoamento no pátio da contemplação”, a “reparação das fissuras e impermeabilização de aba na cobertura do palácio e a substituição da cobertura do edifício da secção que continha amianto”.

Sofia Ribeiro indicou também “a substituição da cobertura, o reforço das paredes, a substituição do pavimento e pinturas no exterior” do ginásio B, acrescentando que foram “instaladas esteiras para cabos elétricos, foi feita a reabilitação da cobertura da fossa, do sistema de esgoto adjacente e o escoramento da cisterna”.

Quanto ao material, a secretária regional disse que foram adquiridos 557 computadores e 16 painéis interativos, “que serão entregues em breve”, e “foram instalados 11 equipamentos de redes de comunicações, estando prevista a instalação de mais 11, no decorrer do corrente ano letivo”.

A governante referiu ainda a aquisição de nove ‘kits’ de robótica, cinco kits de impressão 3D e dois ‘kits’ de realidade virtual, acrescentando que, em 2023, a escola deverá receber “mais equipamentos informáticos e mais equipamentos de acesso à rede de comunicações”, bem como “material de laboratório e equipamentos musicais para o ensino artístico”.

Em relação ao número de assistentes operacionais, Sofia Ribeiro disse que o rácio na escola Antero Quental é “de um trabalhador por cada 35 alunos”.


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