Autor: Lusa/AO online
"Carreiras específicas da administração pública não são competência da região", vincou o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila.
O 'número dois' do executivo falava no Palácio do Governo, em Ponta Delgada, depois de um encontro com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos da região (SINTAP/Açores), no qual a greve dos quadros da RIAC, agendada para 02 a 04 de maio, não foi abordada.
"Hoje nesta reunião o SINTAP não tocou nesse assunto", vincou Sérgio Ávila, depois de um representante sindical ter assegurado que o executivo regional interrompeu as negociações e, nesse sentido, a greve irá manter-se.
"Acho que há aqui um enorme equívoco (...) Nunca houve um interromper de negociações porque nunca houve negociações", advogou o vice-presidente do Governo dos Açores.
Os trabalhadores da RIAC dos Açores vão fazer greve em 02, 03 e 04 de maio "para pressionar o Governo Regional a iniciar um processo negocial" de "valorização da carreira", foi hoje anunciado.
"Estamos perante trabalhadores a quem tem vindo a ser atribuído um conjunto apreciável, complexo e sempre crescente de tarefas e funções, acréscimo este que se tem traduzido numa maior exigência para com os trabalhadores, os quais, perante essa situação, têm-se visto obrigados a investir nas suas competências funcionais, formativas e profissionais", sustenta o sindicato.
Na base desta situação, segundo o SINTAP, "está o alargamento das atribuições e competências da própria RIAC, o que tem concorrido para que os trabalhadores sejam sujeitos a um conjunto especial de deveres e obrigações".
"Uma vez que os trabalhadores se têm deparado com uma total ausência de abertura para a abordagem desta problemática por parte da tutela, da vice-presidência do Governo Regional, não lhes resta outra alternativa senão a de cumprir uma paralisação de 72 horas, através da qual os trabalhadores, unidos, demonstrarão que estão dispostos a lutar pelos seus direitos, nomeadamente pelo direito à abertura de um processo negocial no qual seja equacionada a criação de uma carreira especial", acrescenta a estrutura.
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