Autor: Lusa/AO online
“É uma questão fundamental de decisão, de liberdade do legislador, não creio que haja problema de constitucionalidade”, disse Vital Moreira à Lusa.
Falando à margem das comemorações do Dia do Advogado, Vital Moreira lembrou que a questão da eventual inconstitucionalidade já se tinha posto a propósito do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Sempre defendi que não havia inconstitucionalidade nenhuma, como o Tribunal Constitucional veio depois a definir”, acrescentou.
O parlamento aprovou na sexta-feira, na generalidade, um projeto de lei, apresentado por vários deputados do Partido Socialista, para que os homossexuais possam co-adotar os filhos adotivos ou biológicos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem em união de facto.
O também constitucionalista Gomes Canotilho confessou que não tem “grandes opiniões” sobre a eventual inconstitucionalidade do projeto de lei, sublinhando apenas que as pessoas “têm o direito de escolher os seus caminhos”, desde que o façam sem “infrações à ordem pública nem aos princípios fundamentais”.
“Ao ver alguns filmes que eu vi relativamente a esta problemática, não vale a pena exagerar num discurso de maldades e bondades”, acrescentou.
Confessou que, nas discussões familiares que tem sobre o tema, as suas objeções são “criticadas por filha e mulher”, para vincar que se trata de uma questão que merece ser encarada “sem preconceitos e sem dogmas”.
“Mas não sou eu que iria pôr a questão da inconstitucionalidade”, rematou o constitucionalista.
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