O Centro de Processamento de Resíduos do Corvo, que envolveu um investimento de cerca de 700 mil euros, é o terceiro do género a entrar em operação nos Açores, juntando-se a unidades idênticas que já se encontram a funcionar nas ilhas das Flores e Graciosa.

Os três primeiros centros de processamento de resíduos a funcionar nos Açores estão localizados nas três ilhas do arquipélago que foram classificadas pela UNESCO como Reserva da Biosfera.

O secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses, disse à Lusa que o Centro de Processamento de Resíduos do Corvo será gerido pela empresa RESIAÇORES, que já opera em outras ilhas, e ficará diretamente ligado ao que funciona na vizinha ilha das Flores.

As estimativas das autoridades regionais indicam que, anualmente, possam ser recolhidas e enviadas para fora do Corvo cerca de 500 toneladas de materiais recicláveis que até agora são acumulados na mais pequena ilha do arquipélago dos Açores.

Este centro terá também capacidade para transformar os resíduos orgânicos em composto, que pode depois ser utilizado na horticultura e na jardinagem, reduzindo a importação de fertilizantes para a ilha.

A nova infraestrutura, que está em fase final de construção, inclui um centro de processamento, um centro de valorização orgânica e uma plataforma para armazenagem de veículos em fim de vida, além de instalações de apoio.

O centro vai receber, acondicionar e armazenar resíduos industriais perigosos e resíduos especiais, nomeadamente pneus usados, tintas e vernizes, solventes, óleos usados, equipamentos elétricos e eletrónicos, pilhas, acumuladores e veículos em fim de vida.

O Plano Estratégico de Gestão de Resíduos dos Açores (PEGRA), aprovado em 2008 na Assembleia Legislativa, prevê a construção de sete centros de processamento de resíduos nos Açores, dos quais três estão concluídos e os restantes quatro encontram-se em fase de construção.

Este plano inclui ainda a criação de unidades de valorização energética a partir dos resíduos nas ilhas de S. Miguel e da Terceira.