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Candidato a eurodeputado da AD Açores quer evitar o despovoamento das ilhas

Na apresentação da sua candidatura a eurodeputado pela AD Açores, Paulo Nascimento Cabral disse que vai investir na pedagogia e literacia europeia. Juventude e estágios estão entre as suas apostas

Candidato a eurodeputado da AD Açores quer evitar o despovoamento das ilhas

Autor: Paulo Faustino

O candidato da Aliança Democrática (AD) Açores às próximas eleições europeias pretende, se for eleito eurodeputado, desenvolver iniciativas que permitam evitar o despovoamento das ilhas açorianas e, dentro destas, das zonas mais rurais, aumentando a sua capacidade de fixar “jovens talentos e população”.

“Precisamos dos nossos jovens na nossa terra. E temos de criar, com a ajuda da União Europeia (UE), este horizonte de esperança de que não precisam de sair sem voltar. Que ficando, terão as mesmas oportunidades e condições de qualquer outro jovem europeu nas mesmas circunstâncias. A Europa é, sem dúvida, um projeto de esperança”, declarou Paulo Nascimento Cabral na apresentação da sua candidatura às eleições europeias de 9 de junho, que decorreu quinta-feira, justamente dia da Europa, no Restaurante Anfiteatro, em Ponta Delgada.

Conselheiro dos Açores e Energia na Representação Permanente de Portugal (REPER) na UE e ex-chefe de gabinete do presidente do Governo dos Açores, tendo já exercido funções de assessoria e de chefia no gabinete do Parlamento Europeu (PE) dos eurodeputados do PSD, Paulo Nascimento Cabral vai em sétimo lugar da lista nacional da Aliança Democrática encabeçada por Sebastião Bugalho.

A sua candidatura é, apesar da insatisfação pelo lugar não cimeiro, marcada pela esperança, sabendo-se que há cinco anos, na lista social democrata, não houve candidatos dos Açores e que nas eleições europeias de 2019 o PSD elegeu seis deputados e o CDS um. Mas também pela ambição. E neste aspeto Paulo Nascimento Cabral deu a saber que, uma vez eleito, quer promover uma ação de pedagogia e literacia europeia constante,  junto de jovens e menos jovens, e ter um gabinete totalmente composto por açorianos, com um programa de estágios que envolva a sociedade civil, os melhores alunos da academia açoriana no âmbito dos Estudos Europeus e a JSD.

O projeto político com que se apresenta aos açorianos assenta em quatro pontos principais: Uma ideia de futuro para os jovens; A Defesa intransigente dos interesses dos Açores; Facilitar a circulação da informação entre os Açores e as Instituições Europeias com aproveitamento de todas as oportunidades; e Perfil do candidato ao PE.

Ladeado por José Manuel Bolieiro, líder do PSD/A, Paulo Estêvão, líder do PPM (Artur Lima, do CDS-PP, não pode estar presente) e diante de uma plateia constituída pelo presidente honorário do PSD/A, Mota Amaral, e pelo primeiro deputado dos Açores ao Parlamento Europeu, Vasco Garcia, Paulo Nascimento Cabral disse defender o restabelecimento do POSEI-Pescas e a possibilidade de financiamento europeu para a renovação da frota pesqueira por motivos de segurança. Da mesma forma tenciona bater-se pela criação do POSEI-Transportes, analisar a possibilidade de replicar este modelo a outros setores, como a Energia, e potenciar ao máximo o programa EU4Health.
Quanto ao objetivo de alargamento das áreas marinhas protegidas, não tem dúvidas: “deve ser acompanhado de medidas compensatórias europeias para os pescadores, por eventuais prejuízos que possam incorrer”.

“Defenderei o envolvimento e o valor acrescentado dos Açores para o projeto europeu em áreas tão relevantes como a economia azul, economia verde, no setor espacial, na investigação e inovação nas economias emergentes, como as energias renováveis, desde logo no potencial para o hidrogénio e geotermia, em que exigirei à Comissão a adoção de uma estratégia europeia para esta área tão relevante”, salientou.

Paulo Nascimento Cabral alertou para “tensões no projeto europeu” aquando das negociações do Quadro Financeiro Plurianual pós-2027 e relativamente às principais políticas europeias comuns que serão revistas no mandato 2024-2029. “Também, por isso, precisamos de uma voz açoriana forte no Parlamento Europeu, conhecedora dos dossiers, dos temas e das pessoas envolvidas, os circuitos de decisão e os corredores de Bruxelas”, ressalvou. E diz ter a plena convicção de que está “à altura deste desafio”.

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