A romaria para se assistir ao vivo a um espectáculo inédito foi tão grande que naquela zona a estrada que liga as cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande (nos dois sentidos) ficou praticamente estrangulada devido ao estacionamento anárquico dos espectadores, facto este que obrigou a que o rali sofresse um atraso de 13 minutos.
Durante cerca de duas horas os concorrentes, dois em simultâneo, percorreram o traçado com 1,70 km de extensão, proporcionando um grande espectáculo a milhares de pessoas que vibraram com as passagens de todos os pilotos, fossem eles os mais rápidos, fossem os mais lentos.

Aplausos, muitos “bruás”, alguns assobios, mas uma enorme festa foi feita do cimo da cratera onde foi construído o circuito, com a maioria dos concorrentes a corresponder às expectativas dos espectadores, com alguns a pensar somente no espectáculo, outros em poupar as viaturas - porque o rali, a sério, só hoje tem início - enquanto que uns poucos, os mais azarados, não deixaram também de merecer os respectivos aplausos.

A zona da ponte e do respectivo túnel pôs ao rubro todos os que ali naquela zona escolheram para seguir as incidências da prova, e dos 48 concorrentes os mais aplaudidos foram o espanhol Albert Llovera, a série que colocou, lado a lado, Ricardo Moura e Horácio Franco, bem como a prestação, ao ritmo de passeio domingueiro, da única equipa feminina, Raquel Rodrigues - Ana Silva, em Skoda Fabia Tdi RS.

No final a satisfação era generalizada, tanto da parte do público como dos pilotos, que adoraram a experiência da realização de uma especial espectáculo deste género onde a ausência do pó - depois de intenso trabalho de rega do piso - também contribuiu para o grande espectáculo que se assistiu.

António Andrade, Director de Prova, lançou um repto aos espectadores para que amanhã, altura em que se repete a Super Especial como troço de encerramento do SATA Rallye Açores, para que sejam utilizados os parques de estacionamento no interior dos terrenos do Grupo Marques, evitando estacionar na estrada.