Açoriano Oriental
Tribunal de Ponta Delgada começou a julgar homem acusado de seduzir menores na internet
O Tribunal de Ponta Delgada,começou hoje a julgar à porta fechada um homem acusado de quatro crimes de abuso sexual de criança e 28 crimes de recurso à prostituição de menores alegadamente seduzidos através da internet.
Tribunal de Ponta Delgada começou a julgar homem acusado de seduzir menores na internet

Autor: Lusa/AO Online

 

O arguido, de 42 anos, residia no Livramento, no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, e segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, terá contactado alguns desses menores "pedindo amizade" através da rede social Facebook.

O homem está em prisão preventiva.

Um dos primeiros casos apontados na acusação refere-se a um rapaz com quem o arguido terá supostamente mantido relações sexuais em troca de quantias que variavam entre os 20 e 25 euros".

"O arguido quis manter relações sexuais em troca de contrapartidas monetárias, fê-lo com o propósito de satisfazer os seus desejos sexuais à custa do menor, bem sabendo que prejudicava o seu livre desenvolvimento, com perfeito conhecimento da reprovabilidade da sua conduta", sustenta o Ministério Público.

Outras alegadas vítimas terão sido dois irmãos com quem o arguido terá marcado encontros pela internet e tido relações alegadamente a troco de dinheiro.

Segundo a acusação, o arguido era "vizinho da avó" dos dois irmãos.

O Ministério Público refere, por exemplo, que, por altura das férias escolares da Páscoa de 2014, o arguido marcou um encontro pela rede social Facebook com um daqueles dois irmãos, com quem supostamente chegou a ter relações, "a troco de quantia que oscilava entre os 20 e os 40 euros […]".

Hoje, à margem do julgamento, a avó dos dois irmãos disse à Lusa ter sido ela a apresentar queixa depois de um dos netos lhe ter lido as mensagens da internet supostamente enviadas pelo arguido.

Já um dos familiares do arguido contou à Lusa ter ouvido falar que o homem "era maltratado pelos miúdos".

O julgamento deste caso prossegue a 03 de novembro para as alegações finais, disse à Lusa fonte judicial.

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